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Para as gerações que nos sucederem, nem sequer poderá ser surpreza uma reconciliação da Alemanha com uma parte daqueles que impetuosamente ela tem combatido, e uma reconciliação tão completa que lhe ingresso na união latina. As afinidades espirituais e historicas da Alemanha são muito mais proximas do mundo latino do que de qualquer outra especie de mentalidade, particularmente daquela que domina nas civilizações orientais e nas que com elas têm parentesco; a sua paixão presente da força, onde conciliação possa ter e não seja puramente uma rebeldia cega contra toda a insinuação de idealismo, mais de pronto encontrará termos de identidade na simpatia humanitaria activa, propria do latinismo ocidental, do que no quietismo mistico e no desprendimento passivo que o Oriente infundiu e alimenta no slavo. De facto, mais de vinte e cinco seculos de historia demonstraram que não ha senão duas civilizações a que cristalisou na sobriedade atica, na austeridade moral romana e na graça cristã, fundidas e disciplinadas, e a que vagueia nos arrebatamentos do Oriente, tão de pronto erguidos em extasis de desprendimento como inflamados na opulencia insondavel da sensualidade.

Atiça, ó moço, a moribunda chama Dessa faminta, sordida candêa, E encostado á parede cabecêa, Posta de guarda ao da minha cama. Se o sono, que em meus olhos se derrama, E os languidos sentidos me encadêa, Tentar com sonhos esta pobre idéa, Em altos gritos por meu nome chama: Assenta-me na cara essas mãos frias: Pois ves o fructo, que sonhando tiro, Corta em raiz traidores fantasias.

O luminoso dia Os amorosos corpos despertava Á cega idolatria, Que ao peito mais contenta e mais aggrava; Onde o cego menino Faz que os humanos crêão que he divino: Quando a formosa Nympha, Com todo o ajuntamento venerando, Na crystallina lympha O corpo crystallino está lavando; O qual nas ágoas vendo, Nelle, alegre de o ver, s'está revendo: O peito diamantino, Em cuja branca teta Amor se cria; O gesto peregrino, Cuja presença torna a noite em dia; A graciosa boca Que a Amor com seus amores mais provoca; Os rubins graciosos; As pérolas qu'escondem vivas rosas Dos jardins deleitosos, Que o ceo plantou em faces tão formosas; O transparente collo, Que ciumes a Daphne faz d'Apollo; O subtil mantimento Dos olhos, cuja vista a Amor cegou; A Amor que, com tormento Glorioso, nunca delles se apartou, Pois elles de contino Nas meninas o trazem por menino; Os fios derramados Daquelle ouro que o peito mais cobiça, Donde Amor enredados Os corações humanos traz e atiça, E donde com desejo Mais ardente começa a ser sobejo.

À mesa cabiam seis amigos que Jacinto escolhia com critério na literatura, na arte e na metafísica, e que, entre as tapeçarias de Arraz, representando colinas, pomares e portos da Ática cheias de classicismo e de luz, renovavam ali repetidamente banquetes que, pela sua intelectualidade, lembravam os de Platão.

O gloria de mandar, o vaã cubiça Deſta vaidade, a quem chamamos Fama, O fraudolento goſto, que ſe atiça Cũa aura popular, que honra ſe chama: Que caſtigo tamanho & que juſtiça fazes no peito vão que muito te ama, Que mortes, que perigos, que tormentas Que crueldades nelles eſprimentas.

Com legitimo orgulho o sol dar-lhe-ia Seus raios sempre novos; E a Terra os bens innumeros que cria Em paz, a bem dos Povos! Em vez de irmãos maleficos eivados De odios que o sangue atiça, Os bons e os maus ver-se-iam congraçados Em nome de Justiça! Em frente das pacificas moradas, Jasmins, lyrios e rosas!... E as ruas que pisamos marchetadas De pedras preciosas!

O jornal matou na terra a paz. E não atiça as questões dormentes como borralhos de lareira, até que d'ellas salte novamente uma chamma furiosa mas inventa dissensões novas, como esse anti-semitismo nascente, que repetirá, antes que o seculo finde, as anachronicas e brutas perseguições medievaes. Depois é o jornal... Mas escuta! Onze horas!

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