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E tanto era ho poder, e valor deste Johaõ Nunes em Castella, que tanto que depois desta sua prizaõ, e desta sua concordia delRei D. Fernando, e delle foi feita, logo por ho Ifante D. Johaõ, e D. Affonso de Lacerda, que se chamava Rei de Castella, se foi logo pera Aragam, e consentio na concordia, que aho diante direi; e ho Ifante D. Johaõ por esso tambem leixou ho titulo de Rei de Liam, e quebrou hos selos de Rei que trazia, e veio beijar ha maõ ha ElRei D. Fernando, e ficou por seu Vassallo, e depois este Ifante D. Johaõ sendo Tutor delRei D. Affonso, filho deste Rei D. Fernando juntamente com ho Ifante D. Pedro, em huma ora por afronta, e sem feridas, ambos morreram na Veiga de Grada, e do dicto Ifante D. Johaõ ficou filho erdeiro D. Johaõ, ho que disseraõ ho torto, Senhor de Biscaya, de que atraaz dice.

E por esso hos seus das muitas Fortalezas, que por elle tinhaõ em Castella nom leixaram sempre de fazer ha guerra como dantes faziam, pelo quaal na prizaõ onde ho dicto Johaõ Nunes jazia pera ser solto, ouve taal concordia, que elle desse como deu aho Ifante D. Anrique tutor, e defensor, por molher ha Dona Johana Nunes, ha que disseraõ Palombinha, e que elle Johaõ Nunes cazasse, como cazou com Dona Maria filha de D. Diogo Senhor de Biscaya, com grande acrescentamento de dinheiro, por contia aalem do que tinha.

Levou assi El-Rei D. Fernando consigo a El-Rei D. Affonso para a Villa, e fez-lhe mui bem pençar da perna, e em quanto o teve em poder, assentando-o sempre a par de si, fazendo-lhe muita honra; despois veio apreitejar com elle, que lhe desse a terra da Corunha, que é do Minho, até o Castello da Lobeira, uma legoa álem de ponte Vedra, e porcima pelos chãos de Castella, aquella terra, que deram ao Conde D. Anrique seu pai, como no começo da Estoria se disse, fazendo-lhe tambem menagem, que tanto que em besta cavalgasse se tornasse a sua prizão; El Rei D. Affonso nem podendo al fazer disse que lhe prazia.

Tão infeliz quanto generoso, e de alma grande foi hum criminoso, que respondeo: Quero morrer, porque posto que eu com constancia tenha supportado quatorze annos de prizão, não me acho com forças bastantes para ficar o restante da vida com a obrigação de ser algoz da Humanidade!

«Aqui, n'esta prizão, não me dão alimento de qualidade alguma, nem eu tenho dinheiro para o comprar; se não tenho morrido á fome, devo-o á verdadeira caridade, que me tem valido n'esta desgraça.

He nos revézes que apparece o Sabio, Que d'hum peito atravéz, que a Dor crucîa, Reluz hum coração, virtudes todo: Nunca d'Athenas o lustroso esmalte, O Mestre da Moral, o Deos dos Sabios, D'alma heroica mostrou mais nobres rasgos, Que ao entrar na prizão com rosto alegre, E ao beber a cicuta airoso, e forte.

Mas ao cabo de dois dias saira da prizão o nosso compatriota, declarando como todos os outros, que o lenço fatal lhe não pertencia, accrescentando que desde ha muito cheirava rapé e que uzava lenços riscadinhos de Alcobaça!

Vendo assi Dona Tareja Rainha como o Principe D. Affonso seo filho a não queria soltar enviou seus recados o mais secreto que pôde a El-Rei D. Affonso de Castella chamado Emperador como El-Rei D. Affonso seu avô, em que lhe fazia queixume do Principe seu filho a ter preza dizendo que Portugal pertencia a elle de direito, e que assi por elle cobrar o que seu era, como pelo que devia á virtude em acudir por uma sua tia posta fóra de seu marido, e em prizão tão deshonesta lhe pedia, que a quizesse vir livrar, pois não tinha a quem com mais rezão se soccorresse, e lhe podesse valer.

Perto da noute soube que o conde de Odemira ia ser encarregado da sua prizão. Ainda bem! exclamou Domingos Leite Quero ser prezo! Não diga absurdos, que me faz arrepender de lhe votar tamanha amisade! Quer ser preso! para que? Direi entre ferros quem é o rei de Portugal! Não dirá nada entre ferros, porque ha mordaças.

Por morto, Marilia, Aqui me reputo: Mil vezes escuto O som do arrastado, E duro grilhão. Mas, ah! que não treme, Não treme de susto O meu coração. A chave sôa Na porta segura: Abre-se a escura, Infame masmorra Da minha prizão. Mas, ah! que não treme; Não treme de susto O meu coração. Eu vejo, Marilia, A mil innocentes Nas Cruzes pendentes, Por falsos delictos, Que os homens lhes dão.

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