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Coração, em perfidias atolado, Impia, se o não tivesse inda creado A vingadora Mão de Jove Eterno, Devia para ti crear o Inferno. Consola-te, Pastor; essa perjura Não deve motivar tua amargura; Castiga-lhe a traição, e o fingimento Lançando-a n'um profundo esquecimento. Que mais satisfação, que mais vingança Queres da vil, da subita mudança, Que ver expósta a pérfida Pastora Ao ludibrio geral?

Ritália desde agora o lindo objecto Será do meu fiel, constante affecto: Arrebatado em extasis de gosto, Louvores de seus olhos, de seu rosto Farei voar nas azas da ternura, E assim me vingarei d'huma perjura.

Pergunto ao desprezivel conde de Monção, se é mais estupido que abjecto, vindo provocar a duello um homem, que mal conhece, por que me entre si e uma senhora, que lhe repelle a philaucia e as grosseiras tentativas de a fazer perjura. A tal provocador é natural que eu pergunte pelos seus fóros de honra, de dignidade, e de vergonha.

Lembra-te, ó fonte, que a cruel Pastora, Essa, que sem razão me foi traidora, Por ti jurou, que essa agua lhe faltasse, Se ella de amor a pura se manchasse: Agora deves, pois faltou perjura, Por castigo negar-lhe essa agua pura: Como ella contra si justiça pede, Ou procure agua longe, ou morta á sede; Mas ah! Que digo!

A discrição segura, a confiança Das rosas que o seu rosto debuxava, O descontentamento lhas mudava; Que tudo muda huma aspera mudança. Gentil planta disposta em sêcca terra; Lindo fructo de dura mão colhido; Lembranças de outro amor, e perjura, Tornárão verde prado em serra dura; Interêsse enganoso, amor fingido, Fizerão desditosa a formosura.

Desprezou-te, despreza-a: estás vingado. Desprezar Galatéa, e offendella Quando morrer por ella! Isso não, que depois de eu adoralla, Valor não tenho para maltratalla: Ella pratique embora a crueldade, Que eu não devo imitar-lhe a impiedade. Conheces, que te offende essa perjura, E inda morres por ella? Oh que loucura!

Anda sempre tão unido O meu tormento comigo, Qu'eu mesmo sou meu perigo. E se de mi me livrasse, Nenhum gôsto me sería: Quem, senão eu, não teria Mal, que esse bem me tirasse? Fôrça he logo que assi passe, Ou com desgôsto comigo, Ou sem gôsto e sem perigo. Quando me quer enganar A minha bella perjura, Para mais me confirmar O que quer certificar, Polos seus olhos me jura.

Vens debalde, oh bellissima perjura, C'o lindo rosto em lagrimas banhado: fui por ti mil vezes enganado, E sempre me affectaste essa ternura. Esse alvo peito, que he de neve pura, Mas de aço, e fino bronze temperado, Encobre hum coração refalseado, Hum coração de viva rocha dura.

O que o senhor Antonio seria, isso é que eu não sei; mas o que elle estava sendo, em verdade vos digo, que não deve ser inveja de ninguem! A eloquencia dolorosa, que o auxiliou no choque da surpreza, falhou-lhe. Quiz fulminar a perjura com uma apostrophe corrosiva, e não lhe occorreu nada a proposito.

Urselina lhe diz, que me incitasse A que a Choça de Jonio abandonasse, Persuadindo-me, emfim, que não devia Presenciar a affronta, que soffria. Acreditei o indigno Conselheiro, E sahi da Cabana, onde primeiro Tinha logrado os mimos da perjura, Que assim desenganou minha ternura. Ah genio desleal, fallaz, perverso! Daquillo, que pensei, como és diverso! Ai!

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