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Vós é que imaginaes que a historia da tyrannia está escripta nos vossos hymnos insensatos á ignorancia, ao obscurantismo, á intendencia da policia, á inquisição e aos conventos-prostibulos de sua magestade fidelissima o muito poderoso, virtuoso e excellente rei, o senhor D. João V, o benevolo soberano, que, ao arrancar-se dos braços de alguma freira de Odivellas, mandava arrastar entre linhas de soldados imbelles as populações das provincias, para virem trabalhar na grande demencia e ridicularia de pedra e cal chamada o convento de Mafra, onde para seu divertimento sua real magestade queria metter uma grande manada de frades comilões e ignorantes.

Rebelde aos preceitos recebidos, escreveu primeira e segunda carta a Beatriz, e recebeu-as abertas, com a terceira fechada. Um frade capellão ou confessor de Odivellas, lh'as entregou, e quiz asserenar-lhe os transportes com os mais justos dictames, e piedosas reflexões que suggeria o caso.

Ninguem pozera na empreza melhor amor do que ella: mandára fazer tres espadas cravadas de pedraria para os filhos, que em Ceuta haviam de ser armados cavalleiros; mas o destino não lhe consentiu vêr terminada a façanha. Morreu; e ainda não se tinham acabado de arrancar das paredes do convento de Odivellas os pannos de do enterro, quando a armada partia.

Envaideceu Martinho a homenagem do tratamento e, attribuindo-o ao effeito d'essa berrante linhagem, insistiu no proposito de desenrolar os pergaminhos. Perde-se a minha geração na noite dos tempos, entroncando-se por muitas vezes no ramo da dynastia, mas a mais proxima representante é esta minha trisavó, que morreu em Odivellas em cheiro de santidade.

E, expectorando outro bafejo a modo de gemido puchado do diaphragma, continuou: Minha mãe era galante, e foi educada no mosteiro de Odivellas, onde tinha estado tambem minha avó, que era sobrinha de uma ama de leite que creou um filho da freira d'el-rei D. João V, a qual freira se chamava por signal a Garça, e o menino chamava-se Antoninho.

Pensaes vós que nos importam, considerados em si, os adulterios da mulher de Affonso VI, ou que D. João V dormisse em Odivellas, ou cantassem n'aquella bestialidade architectonica de Mafra, cem ou duzentos frades comilões e ignorantes?

Soror Mecia d'Alvarenga ficou vivendo no convento com D. Joanna; D. Filippa de Lencastre e D. Mecia de Sequeira, essas ficaram tambem por algum tempo em Aveiro, mas fóra da clausura. Algumas creadas que havia trasido comsigo de Odivellas, mandou-as ficar na villa, mais por amor e para lhes fazer bem e mercê, que por necessidade do seu serviço, diz fr. Luiz de Sousa.

A senhora D. Felippa não quiz mais visital-a, ou de sentida do feito, ou de receiar ser havida por consentidora d'elle; e poucos dias depois se foi da Villa; e deu ordem com a Prelada de Odivellas, que lhe tirasse a amiga D. Mecia d'Alvarenga

Passados vinte annos, e quasi extinctos os fogos sob o gêlo dos quarenta e dois annos, voltou á patria o fidalgo, e concentrou-se no seu quarto, golpeando sempre a chaga de saudade como quem não queria morrer de outra. Acaso soubera elle que residia em Lisboa Gonçalo Malafaya, ao qual as freiras de Odivellas arguiam de causa principal da breve morte de Beatriz dos Anjos.

Os herdeiros de D. Julia riem d'esta excentricidade. Eu vi no fundo da nobre alma do padre, a significação d'aquelle aniquilamento. As lagrimas, que solemnisaram aquelle devoto sacrificio do ancião, foram as ultimas. Foi a Odivellas, beijou os olhos apagados de Venceslau, voltou para os parentes que o acolheram, e finou-se. Adeus

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líbia

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