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O ferimento de Perny fôra declarado sem perigo, o capitão estava tranquillo. Conversava-se alegremente. Combinava-se uma visita á ilha de Gozzo, a oito kilometros de Malta. Grenley tinha proposto a excursão, e offerecia o seu yacht. O conde esquivava-se, dizendo que o mar o incommodava, no estado nervoso em que estava.

N'este momento Rytmel e a condessa subiam. Onde está Gozzo? perguntei eu a Rytmel. Ha talvez uma bruma, respondeu elle vagamente e voltando o rosto. O horisonte porém estava limpo, puro, sem mysterio, a perder de vista. Ao longe via-se uma sombra indefinida que denunciava a terra: e nós affastavamo-nos d'ella! Corri á bussola. Navegavamos para Oeste.

A condessa esteve toda a noite doente, mas não se transtorna o passeio... Outra cousa: tem um rewolver, Rytmel? Para quê? Disseram-me que era muito curioso atirar aos passaros que se escondem nas cavernas, em Gozzo. Ha um echo excentrico. Precisamos de uma arma. Rytmel deu-me um pequeno rewolver marchetado. Leve-o: eu tenho as algibeiras cheias da albuns e de canetas para tirar desenhos... Ah!

Conversámos algum tempo. A pobre creatura tinha nos olhos um fulgor febril, na face uma pallidez de marmore. Eu procurei calmal-a. Começava a sympathizar com ella... A condessa não sahiu do seu quarto dois dias. Eu contei ao conde que ella tivera em Gozzo um susto terrivel, porque tinhamos estado em perigo, na visita ás cavernas da costa, onde a navegação é cheia de desastres.

Escute, disse-me uma voz subtil como um sopro. Era Carmen. Se é um homem de honra, cautella amanhã com o passeio a Gozzo. E desappareceu. No outro dia ás seis da manhã fui a casa de Rytmel. A condessa havia estado durante a noite sob o dominio d'uma extrema agitação nervosa, mas não queria renunciar ao passeio de Gozzo. Encontrei Lord Grenley com Rytmel, tomando chá.

Ora quando o almoço começára, faltava-nos meia hora para desembarcar em Maggiara! Porque seguiamos então? Subi rapidamente á tolda. O piloto arabe estava ao leme. Não se via quasi a terra: iamos no mar alto, navegando com uma extraordinaria velocidade sob o vento. Onde está Gozzo? gritei ao arabe em inglez, depois em francez, depois em italiano. O arabe nem sequer se dignou olhar-me.

O mar é largo, o ceu profundo, a honra existe, daqui a duas horas estamos em Gozzo, passeamos, rimos, jantamos, e ao anoitecer, quando Deus espalhar o seu rebanho de estrellas, voltaremos na viração e na phosphorescencia, calados, ouvindo o piloto arabe cantar as doces melopeas da Syria, ao ruido languido da maresia... Rytmel tinha descido a dar as ordens para o almoço.

Rytmel veio-nos dizer que deveriamos almoçar, e que ao fim de meia hora desembarcavamos em Gozzo, na Calle Maggiara; iriamos vêr as curiosidades da ilha, tornariamos a embarcar para tornear Gozzo, e vêr as terriveis cavernas, onde o mar se abysma e se perde, e ao anoitecer tocariamos o caes de La Valette. O almoço foi muito alegre.

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