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Sentia-me como na presença da morte e atterrei-me. Fiz um esfôrço sôbre mim, fui deliberadamente ao meu cavallo, montei, piquei desesperado d'esporas, e não parei senão no Cartaxo. Incontrei alli os meus companheiros; era tarde, fomos ficar fóra da villa á hospedeira casa do Sr. Rimos e folgámos até alta noite: o resto dormimos a somno sôlto.

Eu hontem passei o dia Ouvindo o que o mar dizia. Chorámos, rimos, cantámos. Fallou-me do seu destino, Do seu fado... Depois, para se alegrar, Ergueu-se, e bailando, e rindo, Poz-se a cantar Um canto molhádo e lindo. O seu halito perfuma, E o seu perfume faz mal! Deserto de aguas sem fim. Ó sepultura da minha raça Quando me guardas a mim?...

Emquanto Anselmo repetia, vibrante de entusiasmo: «O dinheiro dos amigos ou as joias das amantes»! Refere-se á mulher do notário... Genial! genial! Rimos depois muito, com aplausos efusivos ao jornalista e censuras ao procedimento do Souto, que fôra indecente. A conversa decaíu. Anselmo bocejava. Eu peguei num jornal, percorri-o com a vista, distraído. Então sempre vai amanhã? perguntou-me.

Parece-me que architectei outro conto. O que é então? A morte do bibliophilo. Vejam vocês, disse o Vasconcellos, o que são os poetas portuguezes. Vae aqui um rapaz, na flôr dos annos, cheio de imaginação, em caminho de Cintra, a pensar na morte da bezerra ou do bibliophilo, que o leve! Rimos todos. E o proprio Gonçallinho, que ouviu o reparo, desatou a rir na almofada.

O oeste passa Mudo nos troncos da lameda antiga, Que borbulha á voz da primavera: O oeste passa mudo, e cruza a porta Ponteaguda do templo, edificado Por mãos rudes de avós, em monumento De uma herança de , que nos legaram, A nós seus netos, homens de alto esforço, Que nos rimos da herança, e que insultamos A cruz e o templo e a crença de outras eras: Nós, homens fortes, servos de tyrannos, Que sabemos tão bem rojar seus ferros Sem nos queixar, menospresando a Patria E a liberdade, e o combater por ella.

Andando assi neste enlheo Em quantos erros caimos Sem conto, sem fim, sem meo; Dormimos o sono alheo O nosso não o durmimos; Queremos o que outrem quer, O que não quer engeitamos! Estamos sômente a ver, Rimos o alheo prazer, E ás vezes quando choramos. A carta a Mem de foi a ultima composição notavel do poeta da Tapada.

fóra e ainda ouviamos a contagem dos alqueires que entravam para a tulha, arrastada e monotona. Os bois, jungidos ao pesado e primitivo carro de duas rodas, estacionavam no quintal, ainda carregados com os sacos cheios com o resto da pensão, guardados por uma criancita vestida de jaqueta, calças compridas e grande chapéo, como um pequeno homem de caricatura. O que nós rimos!

Sentia-me como na presença da morte e atterrei-me. Fiz um esfôrço sôbre mim, fui deliberadamente ao meu cavallo, montei, piquei desesperado d'esporas, e não parei senão no Cartaxo. Incontrei alli os meus companheiros; era tarde, fomos ficar fóra da villa á hospedeira casa do Sr. Rimos e folgámos até alta noite: o resto dormimos a somno sôlto.

Nós outros, os portuguezes que, não obstante sermos uma caricatura viva de tudo quanto vem de fóra, tanto queremos primar pela gravidade que comprehendemos perfeitamente o contrario. Mal nos rimos, porque nem mesmo rir sabemos. O espirito nem sempre se amolda com todas as modulações de linguagem.

Rimos d'essa confusão de arabes, de turcos, de francezes e marroquinos e rimos ainda mais do albornoz e do turbante; associados ao chapéo de sol e ás botas de elastico, vivendo em santa paz na mesma pessoa.

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