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Terminada a peregrinação, retirei para Yambo, que é no mar Vermelho o porto, que abastece Medina, e alli embarquei logo em um zambuco, no qual me dirigi a Tor. Eu tinha necessidade absoluta de purificar-me, de retemperar a minha . O Sinai ficava-me perto.

Alli, na aureola d'oiro fulvo com que o céo santifica o mar, ficava-me sonhando, os olhos fitos no pharol do Outão, que era um ponto mais brilhante na gloria do poente. Oh! as lindas tardes, as lindas manhãs, as lindas paysagens que nós contemplâmos em extasi; veem-nos passar com a mesma serena indefferença e assim continuarão a encantar os homens na sua rapida passagem pela terra.

Ficava-me a alma apoz tudo aquillo, sentia fugir-me a felicidade para sempre, e que era eu que a affugentava, e que me ia incontrar so, desamparado e proscripto no deserto da vida. Não me sentia fôrça para blasphemar, para maldizer de Deus, senão tinha-o feito.

A povoação da propria Mahongo ficava-me no caminho; naturalmente suppunha encontrar centro mais importante do que as povoações que tinha visto, e foi com grande estranheza que um dia, chegando a uma meia duzia de miseraveis palhotas espalhadas n'um vasto campo soube que a palhota isolada junto á qual, por acaso, eu me achava era a do regulo, e que a velhinha quasi nua que estava sentada á porta era a propria Mahongo.

Nunca mais procurei as pequenas minhas companheiras, mas via-as por detraz dos vidros da janela dansarem em rodas, ouvia-lhes as cantigas joviaes, percebia que jogavam a laranjinha ou faziam de senhoras visinhas... E ficava-me indiferente, alheada da sua alegria, afastada para sempre do seu convivio, desprezando inconscientemente a sua humildade.

Ficava-me a alma apoz tudo aquillo, sentia fugir-me a felicidade para sempre, e que era eu que a affugentava, e que me ia incontrar so, desamparado e proscripto no deserto da vida. Não me sentia fôrça para blasphemar, para maldizer de Deus, senão tinha-o feito.

E, sem magoa, quebrei prisões da terra, Mas uma, se então quiz tambem quebral-a, Não pude... em vão tentei... Eram saudades a viver d'esp'ranças, Saudades, que nem Deus manda esquecel-as, Saudades do meu Rei! Ficava-me no mundo um nome grande, Um symbolo d'amor, de luz radiante, Sob um manto real... Imagem do que vi na minha infancia, Sentado no docel, herança augusta Dos Reis de Portugal

O chapéo era tanto meu como de quem me ouve. Ficava-me na cabeça por muito obsequio. Acautela-te, acudio Aurora, olha que elle quer subir... Aurora, lhe disse com seriedade, toma um beijo... é tudo quanto posso dar-te, como lembrança de minha gratidão... Ao proferir a palavra gratidão cresceu-me o da garganta. Não me deves nada, meu querido, respondeu a meia voz.

Sorria embevecida, olhava-o cheia de desejo de lhe dizer que sim e saltar-lhe ao pescoço, numa alegria louca; mas ficava-me calada, perturbada, sem saber verdadeiramente distinguir até onde me seria permitido mostrar o meu entusiasmo segundo as praxes que a tia, dizia, eu ha muito tinha desprezado impudentemente.

Em que? Eu sei ! Em nada, provavelmente. Mas scismava e sentia levantar-se-me no coração um fumosinho de tranquilla melancolia, fumosinho que se condensava brevemente nos olhos em lagrimas, que não chegavam a rolar, mas que nelles bailavam. E alli me achava a noite, e buscavam-me, e desfaziam-me o encanto, mas ficava-me a saudade...»

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