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Além das muralhas, aquelle tumulo negro, tão triste, onde agora o sol brilha. Uma velha, trazendo um jumento pela arreata, sahiu ao caminho vagarosa. José saudou-a, a velha sorriu á Maria abençoando-a e a Virgem, escondendo a tristeza num sorriso, perguntou-lhe: Que tumulo é aquelle, além! tão alto, dentro dos muros da cidade? Os corvos rondam-no, deve haver mortos ali.

Os corvos, interessados no procedimento do abutre, portavam-se com discrição; os chacais, bocejando, fechavam os olhos deslumbrados; e a hiena escarvava o solo com as patas dianteiras. Ouviam-se pequenos ruídos, indecisos cantos, o cair de frutos maduros, como difuso tiquetaque do relógio das coisas.

O sol vai deixar o Hebron! gritou de cima d'uma pedra um levita, aterrado. Acabai-os, acabai-os! E ao nosso lado, um formoso moço exclamava, requebrando os olhos languidos, movendo os braços cheios de manilhas d'ouro: Atirai o Rabbi aos corvos! Dai ás aves de rapina a sua Paschoa!

Então, os corvos retomaram o seu lugar, com ruído; os chacais, assombrados, pararam; e o abutre mais velho caminhou para a cabeça loira de Vamiré. A cabeleira, esparsa nas faces, velava um tanto os olhos; o grande bigode fulvo estremecia ao passar do hálito febril; uma espécie de riso provocante soerguia o lábio, entre a resignada tranquilidade dos vincos da boca.

Um vento leve arripiou na encosta as fôlhas dos álamos e sentiram o repique leve dos sinos de Retortilho. Rui, coçando a barba, calculava as horas pelo sol, que se inclinava para as serras. Um bando de córvos passou sôbre êles, grasnando. E Rostabal, que lhes seguira o vôo, recomeçou a bocejar, com fome, pensando nos empadões e no vinho que o outro trazia nos alforges. Emfim! Àlerta!

Ali, hesitaram por um momento, e, saindo por uma larga abertura, desapareceram. O grande nómada, depois daquele incidente, recaiu na sua letargia. Tinha a aparência de um cadáver, e os corvos delegaram dez, de entre si, para se esclarecer. Os outros celebraram conferência, em que as vozes entre-cortadas respondiam a sons roucos, fundindo-se depois estes e aquelas.

Mostrae que os interesses da humanidade vos dirigiram ali. Contae o que presenciastes com os vossos olhos. Chorae diante d'elle. Desfazei as calumnias. Reconciliae as eternas inimizades da opulencia com a miseria, e, semelhantes aos corvos de Elias, voae á choupaninha faminta do deserto, com o pão e com a carne, que vos deu essa Providencia, que assim soubestes interessar. ¡Não tendes que dar!

Agora a fauna. Pelo espaço, negrejam bandos de corvos, os karasu, escarninhos, voando e rindo ás gargalhadas. Enormes borboletas pretas, nunca vistas, sugam as corollas. De dia, de noite, é incessante o ruido das cigarras, dos grilos, de outros bichos. Noites ha, pelo estio, junto ás ribeiras, em que uma chuva de fogo, de pyrilampos aos myriades, motiva festas ruidosas.

Corvos que vos empolguem o vosso pão da mesa, e até da mão, isso mais depressa. Maria conhecia-me pelos meus livros e pelas minhas cartas; alguma coisa era; mas os meus escrupulos melindrosos pediam mais: enviei-lhe o meu retrato, uma expressiva miniatura em marfim.

O Manoel, que tinha ficado um pouco para tarde, conversando com uns amigos na taberna do Geitoso, vinha assobiando alegremente, caminhando despreocupado e sem grande pressa. Ao passar pela Fonte do Inferno... diabo!... que ouviu elle?! Um rumôr confuso de gargalhadas, que aflavam no ar como grasnar longinquo de corvos...

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