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Com um sinistro som de ossos entrechocados o corpo caíu no chão, onde jazeu um momento, estirado. Mas, imediatamente, se endireitou sôbre os pés mal seguros e ainda dormentes e ergueu para D. Rui uma face morta, que era uma caveira com a pele muito colada, e mais amarela que a lua que nela batia. Os olhos não tinham movimento nem brilho. Ambos os beiços se lhe arreganhavam num sorriso empedernido.

Então o enforcado empurrou D. Rui vivamente dos degraus para a escuridão da avenida. E , com um modo urgente, dominando o cavaleiro, exclamou: Senhor! Convêm agora que me deis o vosso sombreiro e a capa! Vós quedais aqui na escuridão destas árvores. Eu vou trepar

A égua, quieta, recomeçou a pastar, carregada com os alforges novos que Guannes comprára em Retortilho. Do mais largo, abarrotado, surdiam dois gargalos de garrafas. Então, Rui tirou, lentamente, do cinto, a sua larga navalha. Sem um rumor na relva espessa, deslizou até Rostabal, que resfolgava, com as longas barbas pingando.

D. Rui murmurou o Padre Nosso devido por todo o cristão

Agora, senhora, assinai por baixo o vosso nome, que isso sobretudo convêm! D. Leonor traçou vagarosamente o seu nome, tam vermelha como se a despissem diante de uma multidão. E agora ordenou o marido mais surdamente, através dos dentes cerrados endereçai a D. Rui de Cardenas! Ela ousou erguer os olhos, na surprêsa daquele nome desconhecido. Andai!... A D. Rui de Cardenas! gritou o homem sombrio.

Então Rui, que tirára o sombrero e lhe cofiava as vélhas plumas rôxas, começou a considerar, na sua fala avisada e mansa, que Guannes, nessa manhã, não quisera descer com êles

Então D. Rui pensou de repente que bem podia ser aquela uma traça formidável do Demónio. E, cravando os olhos muito brilhantes na face morta que para êle se erguia, ansiosa,

De entre os dentes, muito brancos, surdia uma ponta de língua muito negra. D. Rui não mostrou terror, nem asco. E embainhando serenamente a espada: ¿Tu estás morto ou vivo? perguntou. O homem encolheu os ombros com lentidão: Senhor, não sei... ¿Quem sabe o que é a vida? ¿Quem sabe o que é a morte?... ¿Mas que queres de mim?

A lua ia alta no céu. D. Rui considerava com amargura aquele disco, cheio e lustroso, que espargia tanta claridade, e tam indiscreta, sôbre o seu segredo. Ah! como se estragava a noite que devia ser divina! Uma enorme lua surdia de entre os montes para tudo alumiar. Um enforcado descia da forca para o seguir e tudo saber. Deus assim o ordenara. Mas que tristeza chegar

D. Rui galgou as escadas de pedra, e no seu aposento, sem mesmo tirar o sombreiro, de novo leu junto da gelosia aquele pergaminho divino, em que D. Leonor o chamava de noite ao seu quarto,

Palavra Do Dia

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