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Ainda assim, como o seu mêdo era mais de clerigo do que de homem, e o escandalo o assustasse mais do que a lucta, cingiu um correão de pistolas, envolveu-se na capa longa de arruador nocturno, derrubou a aba do sombreiro aragonez, e, á hora do costume, sahiu com o intento de conduzir para casa do primo tendeiro a moça inquilina do Bêco dos Namorados.

Que importava! Viessem depois dores e zelos! Aquela noite era esplêndidamente sua, o mundo todo uma aparência e a única realidade êsse quarto de Cabril, mal alumiado, onde ela o esperaria, com os cabelos soltos! Foi com sofreguidão que desceu a escada, se arremessou sôbre o seu cavalo. Depois, por prudência, atravessou o adro muito lentamente, com o sombreiro bem levantado da face, como num passeio natural, a procurar fóra dos muros a frescura da noite. Nenhum encontro o inquietou até

D. Rui galgou as escadas de pedra, e no seu aposento, sem mesmo tirar o sombreiro, de novo leu junto da gelosia aquele pergaminho divino, em que D. Leonor o chamava de noite ao seu quarto,

Para isto serve-se muitas vezes o navegador da comparação com objectos conhecidos, e foi de certo elle quem inventou os nomes de Sombreiro, Barrete de S. Fillippe, Bonet de Jockey, Nariz de Nelson, e tantos outros, para designar e reter na memoria a fórma de certas saliencias da superficie da terra banhadas pelo mar.

D. Rui recuou no horror de que tal criatura subisse a tal janela! E bateu o , gritou surdamente: Não, por Deus! Mas a mão do enforcado, lívida na escuridão, bruscamente lhe arrancou o sombreiro da cabeça, lhe puxou a capa do braço. E se cobria, se embuçava, murmurando agora, numa súplica ansiosa: Não mo negueis, senhor, que se vos fizer grande serviço, ganharei grande mercê!

E, dizendo, estirava os ligamentos das mãos e arqueava os dedos, como se entre elles sentisse a cabeça da nora. N'este comenos entrou Roque da Cunha, galhardeando capa e sombreiro novos, espada no telim, meias de seda, gibão de passamanes, calças golpeadas, e um tregeitar de corpo que denotava estar dentro uma alma espanejando-se em jubilos.

Disse-lhe que se queria trigo bom o não podia achar melhor que o de um seu irmão, em certa nau que estava á descarga; que fosse a bordo compral-o, mas que para não sujar o sombreiro e a capa lh'os deixasse alli no caes, onde o ficaria esperando. O villão pagou logo sete tostões pelo trigo, e deu a capa e o sombreiro a guardar. Foi a bordo, em cabello e corpo bem feito.

Ora a carta dizia: João Pires do Outeiro Me deu a capa e o sombreiro, Sete tostões em dinheiro, E mais me dera Se mais tivera. Não tendo que jantar um dia, lobrigou certo mancebo a comprar peixe na Ribeira. Chegou-se a elle, dizendo ser grande amigo de seu pai. Sob esta côr o convidou a jantar. Foram os dois, mano a mano, para o local que o Chiado indicou.

de baixo, perto da sua vivenda entre penedos, levava, os dias com os olhos sempre içados aos cabeços de Falgozelhe, na outra banda, á caça da sua saia de serguilha, ou do seu sombreiro preto; e ainda não de todo malcontente, quando, por entre os penedos pardos e as urzes côr de fogo, a enxergava, pendurada á borda do precipicio, e pascendo descançadamente uma das cabrinhas que obedeciam á sua voz melodiosa.

Pediolhe de beber o bom Romeyro, A Moura de cortês não lho negava, Mas o vaso encheo, e lavou primeiro, E com mesura lho apresentava, Ramiro lhe tirou o seu sombreiro, E o pucaro dagoa lhe tomava, Que ser de Almançor claro se via, Pellas letras, e armas que trazia.

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