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E, caminhando por eterno corredor lodacento e escuro e de grande pendôr, topamos finalmente co'um largo portão, feito por modelo dos de repartição, com oculos de vidro e faces de baêta de sebenta, ignota côr, mas que par'cia preta. Espantado, vi mumias negras e mirradas em buracas, nas duras rochas escavadas, immoveis, lugubres, horrivelmente feias.

E se quizeres saber quem é Leonor, O perfil que tracei com singeleza, Mas com um grande, co'um profundo amor, Não me perguntes, não, Mulher celeste; Vae perguntá-lo á voz com que falavas, Vae perguntá-lo aos beijos que me déste. Ás almas simples, singélas, Que teem o Amor por norma, E amam a luz das estrêlas E têm a paixão da Fórma;

Tudo se arranjou bem; dei-lhe outro duro, e elle por ter vagar, se incumbiu d'ella; mas disse-me que havia até ser velho mortificar o corpo co'um vergalho, e com muitos jejuns. ¡Se eu fôra pato! Sabe então o que fiz inda algum tempo? era correr de chôto os meus pedaços, e depois descançar.

Meu Doutor, pelo mundo ha muita coisa; quem mais anda, mais sabe; e eu não sou tolo, nem creancinha de honte. ¡Olha o diabo! bem digo eu; a azinhaga aqui poz ponto; caminho... ¡era uma vez! ¡ raio a parta! ¿que havemos de fazer nestas alturas? Tornarmos para traz. ¿Por este escuro? ¿quer dar cabo das mulas, e estoirar-me? ¡co'um milhão de diabos!!... Pois fiquemos.

Sim, talvez; Porque não julgo prova de criterio, Antes se me affigura insensatez, Explicar um segredo co'um misterio. MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente: Anda a tua alma fugida Ao bom caminho da crença... Quem foi que d'elle a affastou E que dentro em ti deixou Uma escuridão immensa?

n'uma soidade, onde estendida A vista pelo campo desfallece, Corro apos ella; e ella então parece Que de mim mais se alonga, compellida. Brado: Não me fujais, sombra benina. Ella, os olhos em mim co'um brando pejo Como quem diz que ja não pode ser, Torna a fugir-me: tórno a bradar: Dina... E antes que diga mene, acordo, e vejo Que nem um breve engano posso ter.

Desde que se espalhou pelo universo o echo Do milagre feliz, Tartufo nunca mais encheu o seu caneco Em outro chafariz! Uma loba emprenhou um dia de Tartufo, E Antonelli nasceu d'este consorcio bufo. O seu labio despresa; o seu olhar dardeja. Cassagnac de Deus, guarda-costas da Egreja, Redige as pastoraes brutaes de que se nutre Co'um tinteiro de treva e uma penna de abutre.

O grande caso é que n'aquelle tempo era eu solteiro, e rapaz bonitote; e havia muitas que me fizessem fogo; eu cuido, e é certo, que não pelos vintens; nem pela cara; mas isto de casar co'um almocreve, seja elle o diabo dos infernos, parece a todas bem: é uma delicia ter o seu homem de vez em quando, em logar do espião de um pegamaço com residencia fixa em ar de abbade.

Ergueu-se, olhou, sorriu... Mas ficou-se indeciso apenas descobriu Dos archotes a luz na solidão campestre. Adiantei-me. «Deus seja comtigo, MestreFitou-me silencioso. Aproveitando o ensejo, Dei-lhe a mão desleal, e um repellente beijo Depuz n'aquella face imperturbavel... Ai! Co'um latido feroz toda a matilha sae Da sombra do arvoredo e cerca-o n'um momento!

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