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Suspenderam-se então, mas nos olhos de cada um chammejava feroz a raiva, o odio, uma tempestade, finalmente, horrorosa e tetrica. Que faz, senhora moça! gritou o negro. Estás doido, cabinda!

No entanto, a alegria ia ganhando de intensidade, porque os convivas d'aquelle festim intimo e familiar de Jorge e sua filha, iam perdendo, sem sahirem dos limites do respeito, um resto de acanhamento que a franqueza do capitalista e a bondade da filha do cabinda não poderam de todo dissipar. Os negros e serventes, tinham por sua vez festa no aposento destinado á sua refeição.

Magdalena exclamou vendo-se livre do mulato: Que fazes, cabinda! Mato a serpente, senhora moça! Houve um momento de silencio, curto, mas terrivel para Magdalena, que, ao ouvir o cabinda, julgou que elle ia espatifar o mulato, e para este tambem, vendo-se em face d'um inimigo tão possante.

O cabinda, porém, chegava, de quando em quando, para, com a sua prudencia, e digamos mesmo, bom senso, impedir excessos e pôr obstaculos a abusos. Estava a terminar o jantar. se fallava muito e nada se comia. Jorge levantou-se então, e, tomando uma garrafa de finissimo vinho do Porto, dirigiu-se aos seus convidados: Vamos ao ultimo brinde. E encheram-se os copos.

O cabinda, o negro fiel, o escravo dedicado, o amigo sincero, esse andava no lago, em volta do caramanchão, a sondar todos os cantos, a espionar todos os nichos, como quem estivesse encarregado de estudar a topographia do local. O negro tinha a sua ideia. Não era inutil, não devia sel-o, aquelle trabalho, porque quasi se lhe liam nos grandes olhos os pensamentos que lh'o impunham. E Luiz?

Não, que te enlameias! Respeito-a porque é mulher, porque é uma creança. Todavia, creia que não ficaremos sem saldarmos as contas. Quando quizer. Vamos, cabinda. E Magdalena, aquella creança que nós conhecemos, bondosa, meiga, delicada, sensivel, tomou, lançando ao mulato o seu olhar expressivo de cólera, o negro pelo braço e arrastou-o consigo, affastando-se em direcção a casa.

O cabinda cedeu, e nem elle era homem que resistisse á sua filha, mas não sem que se voltasse para traz, gritando ao mulato: O negro fica. Cautella com o cabinda. Americo tragou a ameaça em silencio e ficou , no meio da febre da sua exaltação, que pouco a pouco devia ir diminuindo. Sentou-se e esteve scismando durante alguns minutos.

Ao findar a leitura, Magdalena deitou os braços aos hombros do escravo, e exclamou, ébria de contentamento, douda d'alegria: Ah! cabinda! cabinda! Está contente a senhora moça? Oh! muito! muito! nem tu sabes como eu sou feliz!

Fui passear até ao lago, acompanhada do cabinda. Eu não via a senhora moça, e fiquei logo com cuidado. Obrigada. Estava a noite tão bonita que não pude resistir-lhe. Fez bem, senhora moça. Pergunta ao cabinda, como, na grande tamarindeira, do lago, estava cantando um sabiá! Bonito, Maria! E n'isto foram entrando em casa.

Magdalena ia gemendo as suas saudades; o cabinda cuidando dos jardins e da chacara, e Americo curtindo os ardentes desejos da suspirada vingança. Ao quinto dia surgiu Luiz, regressando de Macahé. Vinha ancioso o pobre moço; eram vehementes os desejos de vêr Magdalena.

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