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Como êle, recentemente, me mandou pedir livros da sua livraria (uma Vida de Buda, uma História da Grécia e as obras de S. Francisco de Sales) fui, depois dêstes quatro anos, ao Jasmineiro deserto. Cada passo meu sôbre os fofos tapetes de Koranânia soou triste como num chão de mortos. Todos os brocados estavam engelhados, esgaçados. Pelas paredes pendiam, como olhos fóra de órbitas, os botões eléctricos das campainhas e das luzes: e havia vagos fios de arame, soltos, enroscados, onde a aranha regalada e reinando tecera teias espessas. Na livraria, todo o vasto saber dos séculos jazia numa imensa mudez, debaixo duma imensa poeira. Sôbre as lombadas dos sistemas filosóficos alvejava o bolôr: vorazmente a traça devastára as Histórias Universais: errava ali um cheiro mole de literatura apodrecida: e eu abalei, com o lenço no nariz, certo de que naqueles vinte mil volumes não restava uma verdade viva! Quis lavar as mãos maculadas pelo contacto com estes detritos de conhecimentos humanos. Mas os maravilhosos aparelhos do lavatório, da sala de banho, enferrujados, perros, dessoldados, não largaram uma gota de água; e, como chovia nessa tarde de abril, tive de saír

Nos dias 28 e 29 de Novembro, percebemos que haviam trovoadas muito ao longe ao Sul e S.S.E., e isso animou-nos a partir, esperando que ellas tivessem despejado alguma chuva no deserto. No dia 28 improvisei, com anzóes que trazia, uns pequenos aparêlhos de pesca, e fui com as damas Coillard pescar a uma lagôa que nos ficava uns duzentos metros a oeste do campo.

Mas o capitão D. Duarte, porque logo nos aparelhos e alvoroço dos mouros que viu, sentiu bem o que queriam fazer, assi se percebeu e os recebeu, que d'alli por diante assi pelo grande estrago e mortindade que n'elles fez, como porque a gente sem o poderem resistir lhe fugia, e principalmente porque a polvora lhe falleceu e seus tiros e artilharias não jugaram mais, não houve mais rebates nem cometimentos porque ficaram de todo cortados.

O Conde como chegou a Coimbra antes de fazer grandes aparelhos pera o cerco e combates mandou dizer a Dom Martim de Freitas: «Que lhe entregasse a Cidade, e o Castello, como por muitas vezes lhe mandara requerer, e por esso lhe faria muita mercê, porque se o assi não fizesse, que o combateria, e o cobraria tudo com sua perda, e dano». E Dom Martim de Freitas lhe respondeo: «Que sua mercê poderia comprir sua vontade, e fazer o que quizesse, porém que fosse certo, que em quanto soubesse que El-Rei Dom Sancho seu Rei, e Senhor, era vivo, que lho não entregaria sem seu mandado, ou sabendo, que era morto, e que o não ameaçasse com morte, nem perigos, porque tudo padeceria com bom coração por inteiramente comprir com sua lealdade». Pelo qual o Conde assentou seu cerco sobre o Castello, e ordenou seus combates, com que logo, e depois o combateo muitas vezes, em que de uma parte, e da outra houve mortos e feridos.

Penteado e cansado, ia purificar as mãos. Dois criados, ao fundo, manobravam com perícia e vigor os aparelhos do lavatório que era apenas um resumo dos maquinismos monumentais da sala de banho. Ali, sôbre o mármore verde e róseo do lavatório, havia apenas duas duches (quente e fria) para a cabeça; quatro jactos, graduados desde zero até cem graus; o vaporizador de perfumes; a fonte de água esterilizada (para os dentes); o repuxo para a barba; e ainda torneiras que rebrilhavam e botões de ébano que, de leve roçados, desencadeavam o marulho e o estridor de torrentes nos Alpes... Nunca eu, para molhar os dedos, me cheguei

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