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Patente estava O pobre alvergue do eremita humilde, Onde jazia o filho da esperança Sob as asas de Deus, á luz dos astros, Em leito, duro sim, não de remorsos. Oh, com quanto socego o bom do velho Dormia! A leve aragem lhe ondeiava As raras cans na fronte, onde se lia A bella historia de passados annos.

Por bem seis annos, Companheira leal Tu me foste, avesinha; Meiga entre as meigas, desprezando os campos, Deslembrada da mãe, que, á noite, aninha No movel cannavial. A ti, affeita a mim, affiz-me em breve. Meu unico recreio Era brincar comtigo. Ao veres-me encerrar no pobre alvergue Gorgeiavas, e o tedio o canto amigo Volvia em brando enleio.

Ninguem o escuta, o dia foge, e a noite Involve a luz no manto impenetravel: E elle chorou: E em seus andrajos para choça alpestre, Sem se queixar de Deus, tardios passos Encaminhou: Mas antes que chegasse ao pobre alvergue, Do presbyterio o sino harmonioso Soar ouvia, Que, despedindo em roda os sons pausados, Convidava os fiéis a erguer as preces Da Ave-Maria.

Deixando influxos meus no casto alvergue, Onde Beneficencia e Paz convivem, Acompanhar-te quiz ao vasto Emporio De Lysia, do Universo, á Grão Cidade, Que espelha os Torreões no vitreo Téjo, Donde sagradas Leis despede ao Ganges.

A pouco e pouco recobrou a dama os seus sentidos, e quiz ver o homem que a salvára da morte, e exprimir-lhe de viva voz o seu reconhecimento. Não tardárão em vir soccorros de gente, e uma liteira, que recebeu a dama, e a transportou para a sua casa, emquanto Manuel tratou de recolher-se ao seu mesquinho alvergue.

No meio bem do taciturno alvergue De Pythagoras sabio o vulto admiro, No rosto, e ar mysterioso em tudo, Que da Unidade, ou centro aos seres todos, A origem fez sahir, principio, e causa. Cleóbulo descubro, elle a formosa, Sabia filha gentil conserva ao lado, Que da engraçada boca em aureo rio: Eloquente entornou Filosofia: Ah! nunca aos homens se mostrou tão bella!

Ahi, na branda encosta, hontem de noite, Alvejava por entre as azinheiras Do solitario a habitação tranquilla: E eu vagueei por : patente estava O pobre alvergue do eremita humilde, Onde jazia o filho da esperança, Sob as azas de Deus, á luz dos astros, Em leito, duro sim, não de remorsos, Oh, com quanto socego o bom do velho Dormia!

Horas tormentosas se passárão para Moraes até que o dia raiou, e linhas quentes do sol lhe rasgárão as frestas da janella do seu alvergue, sem que uma mão amiga lhe procurasse allivio ao mal que o suffocava, visto como e isolado residia. Tentou levantar-se, mas sentio fraqueza inexprimivel.

Raro, mas inda ás vezes lhe assomavam no involuntario somno ideias meigas. Inda, uma vez ou outra, o amor banido entrava de relance o antigo alvergue, e apóz elle os passeios namorados, os theatros esplendidos, as galas, as mezas rindo, os bailes desenvôltos; e as victorias, e as chusmas dos praseres, como á sua rainha vão saudal-a.

Chamou-o Deos para perto de si antes que lhe perdoasse a imprudencia que commetteu, expellindo-te do seu alvergue. Morto é meu pai! desgraçado! Basta, basta! interrompeu-o Moraes. Tende piedade de mim! dizei-me quem sois por compaixão! Não descobriste ainda? repetio o padre.

Palavra Do Dia

dormitavam

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