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Atualizado: 3 de outubro de 2025
Nas noites infindaveis, quando me sento ao piano e os meus dedos correm sem fito sobre o teclado... O PROFESSOR Como nardos que andassem... A DISCIPULA Como póde dizer isso, se nunca as viu? O PROFESSOR Adivinho-as. Estas luvas são de Paris? A DISCIPULA Não senhor: são dos Gatos. Não importa. As mãos são lindas. O que faz? O PROFESSOR Estes botões são feios. Mas a pelle é finissima.
Foi dar-lhe gravemente um aperto de mão, outro ao escrevente, disse baixo, sem os olhar: Os meus parabens... Os meus parabens... Voltou as costas, e foi conversar com o conego que se enterrára na sua poltrona queixando-se d'enfastiamento e reclamando o chá. Amelia ficára como abstracta, correndo inconscientemente os dedos pelo teclado.
D. Julia, cogitando na inquietação da amiga, não prolongou as segredadas confidencias. Acercou-se disfarçadamente do cravo e dedilhou no teclado. O commendador ergueu o rosto de sobre o periodico, fitou a hospeda e disse-lhe: Onde está Anna? Vem ahi. A menina entendeu o relance d'olhos de Julia. Detiveram-se alguns minutos silenciosos na sala.
Ao pé d'uma columna Alp eis se assenta: Co'a mão comprime a face, e o corpo inclina Como quem se resente acabrunhado D'aterradores pensamentos tetros; A cabeça descahe-lhe sobre o peito Excandescido, palpitante, oppresso; Girão-lhe pela fronte debruçada Os dedos velocissimos, bem como Pelo eburneo teclado os dedos girão De primoroso artista, que em preludios Por ora se entretem, da escôlha incerto.
Atrevi mais uma pergunta: Era ella tambem a amadora?... Era, e executando com talento. Rogada então para se fazer ouvir, descerrou o piano, passou suavemente os dedos pelo teclado e soltou lá de dentro um primoroso Nocturno de Chopin, que me deixou no espirito a nota viva do seu grande amor á Musica. D. Margarida é uma virtuose doublé de pianista e pintora.
Então, áquella chorosa melodia repassada das tristezas da separação, Amaro sentiu-se tão perturbado que teve de se erguer bruscamente, ir encostar o rosto á vidraça, esconder as duas lagrimas que irreprimivelmente lhe saltavam das palpebras. Os dedos d'Amelia embrulhavam-se tambem no teclado; até a mesma S. Joanneira disse: Oh filha, toca outra coisa, credo!
Aquelle retrato de mulher, com uma elegancia finissima de palmeira, desenhada com uma distincta correcção de linhas e colorida com um mimo especial de carnação, que palpita, fez-me sentir o grande desejo de me curvar n'uma postura palaciana e beijar respeitosamente as pontas d'aquelles dedos, que tão despreoccupadamente pousam no teclado do piano. Este quadro é para mim d'um encanto inexcedivel.
E voltavam para a sala de jantar onde o conego Dias, todo enterrado na velha poltrona de chita verde, com as mãos cruzadas sobre o ventre, dizia logo: Ora vá um bocadinho de musica, pequena! Amelia ia sentar-se ao piano. Ó filha, toca o Adeus! recommendava a S. Joanneira começando a sua meia. E Amelia, ferindo o teclado: Ai! adeus! acabaram-se os dias Que ditoso vivi a teu lado...
Hoffmann esquecia todas as dôres ao abraçar aquelle amigo; com toda a liberdade de uma confiança intima sentou-se logo ao piano. O phrenesi da inspiração fazia-o percorrer desesperadamente o teclado. Era a sua ultima composição, meio improvisada com o jubilo que sentia. Começou um canto com uma voz desentoada, que fazia arripiar os nervos; parecia que estava em delirio.
E a dôce creatura, entre dois gemidos do teclado, d'uma saudade penetrante, cantou revirando para mim os seus olhos rebrilhantes e humidos: L'oiseau s'envole, Lá bas, lá bas!... L'oiseau s'envole... Ne revient pas... A ave ha-de voltar ao ninho, murmurei eu enternecido. E, afastando-me a esconder uma lagrima, ia resmungando furioso: Canalha de Ti-Chin-Fú! Por tua causa! Velho malandro!
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