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Em seguida, escreveu a D. Rozenda Picôa, annunciando-lhe a primeira radiação de jubilo em sua vida, e a ancia em que ficava de lhe revelar os seus anhelos. A mãe de Victor, lendo a carta, disse alvoroçada á irman: Tenho nora! Tens nora? exclamou Euphemia Então diz-t'o? ella quer? Não se explica bem; mas eu lhe entendo o palavriado. Ouve , mana.

Dizia minha avó que os poz todos ao serviço da egreja, fazendo-os inquisidores, e arcebispo um d'elles, chamado o Flor da Murtha. E os amores que elle teve com aquella cigana, chamada Margarida do Monte... Acabe com isso, snr.ª D. Rozenda! interrompeu D. Maria José offendida pela teimosia de escavar escandalos nas cinzas do creador da capella de S. Roque.

Se vae casar! acudiu Rozenda estupefacta Pergunta-me isso a menina? Sim, minha senhora... Pois não acaba de me dizer que seu filho encontrou uma menina que o sabe apreciar!? Ora essa! tornou a mãe do poeta, avincando o sobrôlho ou a senhora está a desfructar-me, ou estou doida varrida! Pois a menina não me escreveu uma carta... Sim, escrevi, pedindo-lhe o favor de aqui chegar...

D. Rozenda abria a bocca a vêr se percebia, emquanto D. Maria de Portugal continuava: Foi Deus comigo liberal e justiceiro, dando-me esta occasião de poder mandar a um rei sem throno, e a um principe portuguez sem tecto que o cubra nos paços dos reis seus avós, recursos que devem ser valiosos para o indigente que os pede; e confio que elle os receba sem pejo porque lh'os manda uma filha.

Aquelle espirito, dilatado ao calorico das salas da côrte, não cabia na área burgueza onde outr'ora Elias e Antunes couberam com as suas almas fadadas para a pasta e para a mitra. O rival do conde pejava-se de ter estado no seio de Rozenda por espaço de nove luas.

E como D. Maria permanecesse largo tempo silenciosa, folheando distrahidamente um livro, D. Rozenda colligiu que a mudez era perplexidade, e talvez uma saudavel reconsideração, devida ao acêrto de suas razoens. Vaidosa pois do triumpho, ganhou fôlego e proseguiu: Quer a menina fazer bem a seu pae? tempo ao tempo. Arranje-se primeiro.

Graças a Deus que o meu Victor Hugo amou quem é digna delle! Cheguei ao que tanto desejava... Vou ter uma filha que me ha de dar netos muito lindos... Se não fosse ser ella quem é, eu não queria ainda ser avó... D. Rozenda cascalhava umas casquinadas com o mais desgracioso e tolo artificio, quando D. Maria perguntou serenamente: Então o snr. Victor vae casar?

D. Rozenda Picôa, assim que viu annunciado o casamento de D. Maria José de Portugal, deliberou visital-a e manter boas relaçoens com a sua hospeda, visto que a fortuna caprichosa a collocara na posse pouco vulgar de uma corôa de condessa com tres milhoens. Annunciou-se ao guarda-portão do palacio. Tangeu-se uma campainha. Desceu um escudeiro que recebeu o nome da visita.

Esqueci eu que minha mãe teve um hotel, e que nem ahi, em tão obscura e humilde paragem, a desfortuna deixou de a perseguir? Que mais brasoens tem a hospedaria que a loja de luvas? Faz differença... explicou D. Rozenda em desaffronta do seu hotel na travessa do Estevão Galhardo faz muita differença, muitissima!

Tu lanças de ti tres raios: Belleza, innocencia, aurora. GUILH. BRAGA, Heras e Violetas. Acudiu pressurosa Rozenda ao chamamento de D. Maria; e, para logo mostrar á conspicua menina que lhe percebera as figuras do estylo, entrou exclamando ridentissima: Com o amor não se brinca, minha querida menina. Quando o coração empurra, a cabeça vae para diante.

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