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E com muita reverença com os giolhos em terra lhe beijou as mãos, ás quaes com palavras de Principe tão excellente, e filho tão bom e tão obediente como elle era, logo renunciou e depôs o titulo de Rei, de que por cumprir seu mandado e por haver sua benção mais que por cobiça de reinar se intitulara.

Onde El-Rei foi com grande honra e estado recebido, e elle e todolos seus bem aposentados de graça, e por reverença e acatamento de sua pessoa real, o capitão e governadores da villa mandaram soltar e abrir os carceres a todolos presos que na cidade havia. E assi se fez depois nos outros lugares de França por que El-Rei passou.

E logo todos consultaram ácêrca do que fariam, em que depois de muitos debates, finalmente se accordaram com o Infante D. João, que disse: «Que ante de tudo á Rainha por uma pessoa honrada fosse primeiro pedido e requerido que se tornasse para suas terras, ou para outro qualquer logar que ella quizesse não sendo sospeito, com todalas seguranças que ella pedisse, e que elles todos iriam por ella e a serviriam e acatariam como ella merecia, por ser mulher e madre de dois seus naturaes Reis e Senhores, e que se ella o quizesse fazer, todo seu trabalho o houvessem n'isso por bem empregado; porque com isso o menos ficaria por acabar, e que quando ella esto não houvesse por bem, que então fossem cercar e combater o Crato até o tomarem por força, ou como melhor podessem, guardando sempre qualquer casa ou torre em que a Rainha e a Infante estivessem, por acatamento e reverença de sua real pessoa e estado, era razão apagar-se logo aquella pequena brasa; porque d'ella se não seguisse ao reino outro incendio e dano maior

O Infante D. João, depois de convalescido da doença de que se disse, soube do fallecimento d'El-Rei seu irmão, de que sobre todos seus irmãos mostrou ser mais anojado e não era sem razão; porque por fallecimento da Rainha D. Filippa, sua madre, o Infante D. João e Infante D. Fernando ficaram pequenos; e El-Rei D. João recolheu para si o Infante D. Fernando, que era mais moço; e deu o Infante D. João a El-Rei Duarte que o criou e amou sempre, como proprio filho: e por esta criação, que com elle teve, álem da geral e natural divida d'El-Rei e irmão lhe devia o Infante D. João, sentiu sobre todos sua morte; porque vindo ante a presença d'El-Rei e da Rainha, depois da obediencia e reverença devida, suas continuas lagrimas e dorosas palavras davam claro testemunho do sentimento de seu coração pela morte d'El-Rei.

O Principe D. Affonso posto em vestiduras reaes, e bem acompanhado de todos, sahiu fóra ao assentamento, onde pelo Infante D. Pedro com grande reverença, e muito acatamento foi posto na cadeira real.

E pelo que ora vossos irmãos vos escrevem de Castella, e assi de Portugal o Priol do Crato e o Marechal, e os outros fidalgos que defendem vossa querella, o podeis mais claramente vêr e afirmar, e para segurança de vossos filhos, sob reverença de vosso juizo, é muito pelo contrairo.

E com esta determinação se partiram, e ajuntaram todos a Lisboa, onde XVI navios para a embarcação d'El-Rei foram logo prestes, dos quaes se aparelhou uma urca para sua pessoa, em que embarcou no mez de Agosto com dois mil e dozentos homens, em que iam quatrocentas e oitenta pessoas a que em terra eram ordenadas encavalgaduras, álem d'outra gente de , e com vento de viagem arribou em Lagos, onde Cullam, famoso cossairo francês certificado das amizades e lianças d'estes reinos com França, andando poderoso no mar, veio alli fazer reverença a El-Rei, que o recebeu com grande honra e mui graciosamente, e além do assinado serviço que o dito Cullam lhe tinha feito, em ser em sua ajuda no descerco de Ceuta, quando então dos castelhanos e dos mouros, fôra juntamente cercada como se dirá, ainda ficou de concerto andar d'armada em seu favor contra Castella, para que se ajuntou com Pedro de Tayde, fidalgo português, que com a náo grande que se dizia a Lopiana, e com outros navios, de mandado d'El-Rei andaram tambem d'armada.

Pedindo-lhe todos com muito acatamento que o houvesse assi por bem e quizesse trazer El-Rei á cidade para lhe ser feita a reverença que lhe todos deviam e desejavam fazer. E para em sua presença se tratarem algumas cousas, que a seu estado e serviço, e bem de seus reinos convinham.

E na cidade de Nimis deixou El-Rei a estrada romam, que vae a Avinhão, e tomou outra da ponte de Santisprito, caminho da cidade de Lião. Na qual por razão de corrução d'ares morbosos e pestenciaes de que estava perigosa não entrou, e passou com sua gente adiante. E ante que a ella chegasse, no caminho lhe veio fazer reverença o duque de Borbom, acompanhado de grandes homens.

E estando El-Rei na casa do conselho, onde eram muitos senhores presentes e os principaes imigos do Infante, o conde com cara que mais parecia que ameaçava que temia, lhe tocou em sua prisão que lhe fôra revelada, e assi lhe fallou com muito repouso e grande auctoridade nas cousas do Infante e suas, approvando sua bondade e lealdade por termos, e com razões a todos tão manifestas, que se não podiam contrariar; concluindo, que quaesquer pessoas de qualquer estado e condição que fossem, que do contrairo tinham informado a El-Rei, eram com reverença e acatamento de sua real pessoa, a Deus e a elle e ao mundo máos e tredores, e que com licença e consentimento de sua Senhoria os combateria por armas, e em campo a tres d'elles os melhores juntamente.

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