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Assoberbado por tão assustadora recommendação, o bondoso Francisco da Natividade tratou logo de mandar o sobrinho pelo paquete que do Pará saíu seis dias depois. No momento em que Raul despedia-se da sra. d. Joaquina, esta, chorando verdadeiras lágrymas de dó e de saudade, tirou do bolso uma carta lacrada a vermelho e deu-a ao enfermo, dizendo-lhe: Tome, seu Raul. Guarde isto.
Aqui desapparece o romantico nome de Raul. Vamos ter a vulgaridade d'um conde. Queixem-se do ministro que dera o titulo em duas vidas ao primeiro. Todavia, entre luveira e conde o relevo dos amores deve dar margem e contrastes mais palpitantes de actualidade, como já se não diz. Amores de luveira... Não é isto exactamente. A luveira não o amava. Era para elle em rigor o que lhe disse que era.
Segundo as suas impressões, até então tudo se passara, por assim dizer, entre ella e elle. Todavia no quarto acto teve que passar por um outro genero de prova. Depois da benção dos punhaes, Raul fica só com Valentina. Raul, por substituição n'aquella noite, era Lauretto Mina. O dueto sublime começou.
Comprehendi, minha senhora... disse Raul, revelando a magua no tremor da voz. A palavra coração nem uma só vez appareceu entre as phrases glaciaes com que me repelle.
A palavra não é esta; insistiu Raul com firmeza ha outra mais bem cabida, mais senhoril; mas tambem menos desculpavel em nossos dias de luz, de expansão e de guerra victoriosa aos preconceitos... Diga a palavra... Não se constranja... Orgulho do seu nascimento obedeceu elle receioso. Louvo-lhe o coragem, snr. Baldaque. Se disfarçasse a idéa, não conseguiria enganar-me. Agradeço-lhe a franqueza.
Ha dois annos (outomno de 1906) appareceu nas livrarias a seguinte publicação: Odysséa dos Tysicos Album de Musicas para piano e canto, original de Raul Pereira, sobre versos de poetas portugueses?
N'este lance, entrava uma criadinha com duas latas, de feição de marmitas, nas quaes ia o jantar da luveira, comprado em uma taverna das portas de Santo Antão. Raul, com olhos turvos e voz tremente, apertou a mão de D. Maria José de Portugal, murmurando estas palavras de modo que a criada as não ouvisse: Eu não a mereço... mas hei de amal-a como um escravo, que eu tive, me quer e ama ainda hoje.
O mulato ria das aventuras do amo, e aconselhava-o a ser rasgado e audacioso com as fidalgas quando elle se prezava de o ser com as môças dos visinhos. Não lhe era portanto mysterioso o amor de Raul á luveira. E o seu modo de pensar a respeito d'esses amores, que tão mudado lhe traziam o pensativo menino, o saberemos logo.
Porque me não escrevia, quando me enviava... tornou elle, feita uma longa pausa. Oh! atalhou D. Maria peço-lhe que não se lembre... vossa magestade... Que me não lembre?... Eu não me esqueço senão dos ingratos... minha filha!... E voltando-se para o conde: sênte-se, senhor... Como se chama seu marido? perguntou á condessa. Raul respondeu ella. Sênte-se, snr.
Raul, que principiou assim: principiou como começa a humildade de muita gente desafortunada. Filhas de reis haverá muitas que se julgariam aviltadas pelo trabalho; e eu soccorri-me do trabalho humilde para sustentar o meu orgulho de filha d'um rei.
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