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Atualizado: 8 de junho de 2025
Gomes, que fôra substituir o Negrão, fallecido ha annos tem soffrido, ao que me consta, prejuizos importantes no Brazil... Depois, elle não é um homem economico... tem dispendido. Pois parece que não deveria ser assim objectou Gustavo Um homem, com uma fortuna superior e que vem enterrar-se n'uma aldeia, não tem rasões para dissipar as fabulosas sommas que o doutor diz... Em que?
Esmagada, com um rouco gemido, a titi aluiu sobre o caixote, enlaçando-o nos braços tremulos... Mas o Margaride coçava pensativamente o queixo austero; Justino sumira-se na profundidade dos seus collarinhos; e o ladino Negrão escancarava para mim uma bocaça negra, d'onde sahia assombro e indignação! Justos céos! Magistrados e Sacerdotes evidenciavam uma incredulidade terrivel para a minha fortuna!
Foi-me dôce, ao penetrar na sala, encontrar os dilectos amigos, com casacos sérios, de pé, alargando para mim os braços extremosos. A titi pousava no sofá, têsa, desvanecida, com setins de festa e com joias. E ao lado, um padre muito magro vergava a espinha com os dedos enclavinhados no peito mostrando n'uma face chupada dentes afiados e famintos. Era o Negrão.
O melhor e mais grato, o delicioso Casimiro, recolhera á cama no domingo com as «perninhas inchadas...» Os doutores affirmavam que era uma anasarca... Ella desconfiava d'uma praga que lhe rogára um gallego... Seja como fôr, o santinho lá está! Tem-me feito uma falta, uma falta... Ai filho, nem tu imaginas!... O que me tem valido é o sobrinho, o padre Negrão...
O esgalgado Negrão, com uma escandalosa privança, correu dentro a colhêr um copo d'agua e assacar para me lubrificar as vias. Estendi o lenço sobre o joelho. Tossi e comecei a esboçar a soberba jornada. Disse o luxo do Malaga; Gibraltar e o seu môrro encarapuçado de nuvens; a abundancia das «mesas redondas» com puddings e aguas-gazosas...
Vi-o hontem, vinha de prégar... Pelo menos disse-me que «sahia de S. Roque esfalfado de dizer amabilidades a um diabo d'um Santo!» Que o Negrão ás vezes é engraçado. E tem bons amigos, lábia, influencia em Torres... Ainda o vemos Bispo! Recolhi á minha familia, pensativo. E que não proviera da troca dos meus embrulhos, nem dos erros da minha hyprocrisia.
Eu sei cá!.. tornou o secretario de estado franzindo o sobr'ôlho Talvez desculpasse o clerigo, e perdoasse aos ciumes ferozes do marido... Esta é joia mais de preço que a condessa de Villa Nova!.. Upa, upa! E vai muito alem da açafata? Da Justa Negrão? Upa, upa! sr. marquez! Vem a ponto uma pergunta: a D. Justa está contente no mosteiro de Chellas? perguntou o marquez.
O Negrão? murmurei, estranho ao nome. Ah! eu não conhecia... Padre Negrão vivia ao pé de Torres. Nunca vinha a Lisboa, que lhe fazia nojo, com tanta relaxação... Só por ella, e para a ajudar nos seus negocios, é que o santinho condescendera em deixar a sua aldeia. E tão delicado, tão serviçal... Ai! era uma perfeição!
Com piedosos cuidados colloquei o caixote na almofada de velludo: vergado, rosnei sobre elle uma Ave; depois, ergui a toalha que o cobria, e com ella no braço, tendo escarrado solemnemente, fallei: Titi, meus senhores... Eu não quiz revelar ainda a Reliquia que vem aqui no caixotinho, porque assim m'o recommendou o snr. Patriarcha de Jerusalem... Agora é que vou dizer... Mas antes de tudo, parece-me bem a pêllo explicar que tudo cá n'esta Reliquia, papel, nastro, caixotinho, prégos, tudo é santo! Assim por exemplo os préguinhos... são da Arca de Noé... Póde vêr, snr. padre Negrão, póde apalpar! são os da Arca, até ainda enferrujados...
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