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Da açafata D. Justa Negrão segredava-se na côrte que fôra elle o corruptor á custa de infames alliciações, necessarias a vencer a indifferença e até a reluctancia da criada do paço. Este secretario de estado, raramente referido nos historiadores do reinado de seu real amo, exercia attribuições, segundo parece, nas coisas secretissimas do rei, não lhe sobrando vagar para as do estado.

Herdára tudo do padre Casimiro, que tinha o seu corpo no alto de S. João e a sua alma no seio de Deus. E agora era o intimo do padre Pinheiro que não tinha herdeiros, e que elle levára para Torres, «para o curar». O pobre Pinheiro andava, mais chupado, empanturrando-se com os tremendos jantares do Negrão, deitando a lingua de fóra diante de cada espelho. E não durava, coitado!

Mas Negrão, com sinuosa perfidia, notou que mais proveitoso seria, e de maior unção repassaria as almas escutar coisas de festas, de milagres, de penitencias... Estou seguindo o meu itinerario, snr. padre Negrão, repliquei asperamente. Como fez Chateaubriand, como fazem todos os famosos auctores! confirmou Margaride, approvando. Magnifico! exclamou o dr. Margaride.

Negrão curvou a cabeça, onde a corôa punha uma lividez azulada de lua em tempo de peste: Se Sua Eminencia approvou...

Entre outras de menos porte, avultavam as familias dos condes de Almada, de Sabugal, da Ega, de Peniche, e de Castro Marim; de D. Francisco Xavier de Noronha, dos desembargadores Lucas Seabra da Silva, Manoel Nicolau Esteves Negrão, e Abreu Girão; dos marquezes de Abrantes, Marialva, Penalva e Valença; concorreram alguns bispos e principaes da patriarchal.

Que não valiam decerto o seu franguinho de cabidella, excellentissima senhora! atalhou unctuosamente o Negrão, junto do hombro agudo da titi. Execrei aquelle padre! E, remexendo a agua com assucar, decidi em meu espirito que, mal eu começasse a governar ferreamente o campo de Sant'Anna não mais a cabidella da minha familia escorregaria na guela aduladora d'aquelle servo de Deus.

E eu via, apesar da escura noite, nitidamente via o Senhor dos Passos sumindo os maços de inscripções dentro da sua tunica rôxa; o Casimiro tocando com as mãos moribundas os lavores das pratas, espalhadas sobre o seu leito; e o vilissimo Negrão, de casaco de cotim e galochas, passeando regalado á beira d'agua, sob os olmos do Mosteiro! E eu alli, com o oculo!

E não garante a Nação a divina authenticidade d'essas missivas, que têm nas dobras a fragrancia do paraiso? Os dois sacerdotes, Negrão e Pinheiro, conscios do seu dever, e na sua natural sofreguidão de procurar esteios para a oscillante acclamariam logo na camisa, na carta e nas iniciaes, um miraculoso triumpho da Egreja!

Anthero soffria um profundo mal estar, que o não deixava entregar-se ao remanso do estudo; saíu de Coimbra para ir viver em Penafiel com o seu amigo Germano; depois foi para Guimarães para ao de Alberto Sampaio; foi para o Algarve para o seu amigo Negrão; foi á America, a Pariz, aos Açores, e por ultimo fixara-se mais algum tempo em Villa do Conde. Não estava bem em parte alguma.

E contritamente confessei que, forçado pela Religião, pelo nome honrado de Raposo, e pela dignidade de Portugal tivera um conflicto no hotel com um grande inglez de barbas. Uma bulha! acudiu com perversidade o vil Negrão, ancioso por empanar o brilho de santidade com que eu deslumbrava a titi. Uma bulha, na cidade de Jesus Christo! Ora essa! Que desacato!

Palavra Do Dia

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