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Atualizado: 18 de julho de 2025
A casa e quinta dos Cannaviaes, deshabitadas depois da morte da velha morgada, madrinha de Magdalena, era uma sombria residencia, situada n'um dos mais êrmos e melancolicos logares da aldeia.
Quem lhe diria então que Christina, a sua filha, essa vergonha viva, essa nodoa na familia fidalga de que descendia, anos volvidos seria a senhora morgada a quem todos adivinhavam os desejos e amaciavam o caminho para que désse sem precalço o novo herdeiro da casa?!...
Que artes teem os malditosl exclamou o capellão lembrando-se de que não haveria thesouro que resistisse á astucia franceza. Deixe ouvir... observou a morgada. Eram vinte e tantos os barcos, que pretendiam abicar á praia do Camarido. Trez separaram-se, ao descer o rio, e chegando primeiro á praia, os soldados desembarcaram.
Morava o tio Simão da outra banda do rio. Tinha uma casita de telha vã, com o seu palminho de terra plantado de horta. Contava 75 annos, mas rijos, e tão rijos, que o deixavam ainda atravessar as poldras, todos os domingos, quando vinha jantar a casa da sr.^a morgada.
José foi dar parte á familia da subita resolução da morgada; o depositario foi dar parte ao juiz, e o juiz respondeu que a lei não podia empecer á vontade da depositada. Quando estas altercações chegaram á noticia de José Hypolito, a filha de Silvestre ia já caminho de casa, acompanhada pelo estudante e pelas irmãs.
Tambem esse? pergunta circumspectamente a sr.^a morgada, sem ter o gosto de o conhecer. Podéra, minha senhora! Então, vá vendo! Mas atalha o sceptico diz que não gosta de estar á mesa de treze pessoas, quando o jantar chega só para doze. Ah! exclamou a companhia olha o démo do homem! Quando todos procuravam o seu logar respectivo, exclamou alguem: E o tio Simão? Ai! que falta o tio Simão!
Digam embora o senhor seu genro e a senhora sua filha o que quizerem, e me consta que dizem: a verdade é esta... Convenho, padre capellão, e é por conhecer a sua desinteressada a morgada deu a esta palavra uma inflexão sensivelmente ironica desinteressada dedicação, que tenho batido á sua porta sempre que a necessidade me obriga a incommodar alguem.
Depois levantou-se, agitou a campainha, e esperou com os olhos fitos na porta que apparecesse a criada. A menina dorme? perguntou. Dorme, senhora morgada. Accende o candieiro e abre a mesa. Quando bater o sr. Teixeira, manda entrar. Palavras não eram ditas, resoou a aldrava do portão.
Et coetera, com a mesma uncção e musica. A morgada sorrira-se para o marido; e elle, para mostrar que tambem percebera o chiste, formou um tubo com os beiços carregados de chalaças mudas, e disse com atticismo velhaco: Versalhada... Ora, a morgada de Romariz, lagrimando com intelligencia na proza da oratoria, assim que algum personagem pegava de rimar, ria-se.
Riu-se a morgada quando aquelle Santo Antonio do seculo XIII recitou ás raparigas uma poesia madrigalêsca de Braz Martins, bom homem que esteve quasi a regenerar o theatro nacional como elle deve ser. A poesia resava assim n'esta prosa innocente: Mimosa nasce a flor e vive ainda, Se arrancada não foi logo ao nascer; Assim a virgem nasce e vive pura, Se o vicio não trabalha p'ra perder.
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