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Atualizado: 18 de julho de 2025
No leito soltava a mãe phrases incomprehensiveis. Sabia que a esperavam, e os seus berros tinham sido para que não ficasse, para que não tornasse a caír nas mãos dos seus algozes. O estado em que a viu fortaleceu Maria na consciencia do dever cumprido. Vibrava o seu corpo fragil n'uma energia de ferro. Olhava para tudo como senhora, como morgada, e revoltava-a aquelle abandono.
Depois, parecia esquecido ou reconciliado, se não era antes o receio de que a mulher lhe fugisse e a sogra alienasse as quintas. No meado de 1855, a morgada velha falleceu nos braços da filha, recommendando-lhe que recorresse nas suas afflicções ao abbade de Santa Eulalia. Desde este dia, recrudesceram em Alvaro de Abreu os desprezos, as injurias e até a diffamação da mulher.
Se fôsse uma filha segunda já lá estava. Mas é uma morgada, não a hei de meter freira. Não digo que professe, senhor Martinho Vasques. Aconselho apenas que a mande para o convento, como castigo pela sua imprudencia, e como resposta á seita jacobina. Se mais tarde o Senhor lhe inspirasse a vocação, ver-se-ia. Creio que a senhora D. Maria só foi attingida na sua bôa fama.
E que teima essa de me querer confiar as suas propriedades, capacitado como estou de que a senhora morgada suppõe que lh'as administro mal! Administro mal, administro, porque não forço os caseiros a pagarem o resto das rendas para vossa senhoria o ir gastar no Porto com a familia de seu genro. Depois de uma guerra e em vesperas de outra é que a senhora morgada fala em pagar!
Fatigava-o já a paixão senil a que ella se apegára durante vinte annos, desde que succedera na capellania da casa ao seu mestre, de quem decerto herdára a affectuosidade da morgada, a sua predilecção pelo lubrico contacto do aspero burel. Parecendo-lhe nos primeiros tempos uma antecipação do paraiso, tornára-se depois o automatismo de um habito, e liquidára por fim nas repugnancias da obrigação.
Bati muito tempo á porta, e emfim como a visse aberta, decidi-me a entrar. Desejava saber onde é aqui a casa dos Cannaviaes. A casa dos Cannaviaes é esta mesma. Mas... eu julgava... suppunha ter ouvido dizer, que não morava aqui ninguem. E não o enganaram. Hoje por acaso é que está cá a sr.^a morgada.
A sr.^a morgada? perguntou Henrique, sem bem saber o que devia pensar da resposta e de tudo que via. Sim, senhor; a sr.^a morgada, e não tarda aqui. Ella esperava-o. Ah! A sr.^a morgada esperava-me?
O seu gosto e a sua alegria estavam só nos livros que folheava sem descanso e na penna com que se servia para versejar... ás escondidas. Só uma pessôa sabia do seu crime, como elle lhe chamava, a rir... e Soror Angelica sorriu tristemente para esse fantasma saudoso da mocidade. Era uma pupila, do pai, orfã e morgada como elle.
Havemos de falar muito do Mosteiro, das pessoas que temos pelo Minho, mas antes de mais, interessa-me saber como déste com Petersfield. Muito facilmente, senhora Morgada. O vinho do Mosteiro é, como a Fidalga sabe, o melhor vinho de Portugal e creio até que do mundo, pois que elle vae para toda a parte... José! Não te esqueças da minha pergunta.
Convem saber que a morgada se entendia directamente com os seus livreiros fornecedores. Eleuterio foi tirar a carta, e deu-lhe nos olhos, afóra o lustre do sobre-escripto, o lacre azul fechado com armas, e, mais que tudo, a marca de Lisboa. Não me atrevo a compôr o soliloquio de Eleuterio Romão.
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