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São promessas, sonhos, são desejos... E eu trago os olhos teus no coração. São a luz da minh'alma entristecida; Teus olhos maguados são a Vida, E o sol da minha vida tambem são! +Violetas rôxas+ Inda tenho as florinhas inquietas, Que beijaram teus seios pequeninos, Atravez d'essas rendas indiscretas, Sob entremeios brancos e tão finos!

Mal póde a noite escura, Amando a sombra fria, Mandar-me em sonho a luz formosa e bella, Que se não torne em dia, De seus luzentes raios inflammada. Oh vista desejada De graciosa Nympha e viva estrella! Nesses formosos olhos, d'enlevada, Minh'alma se escondeo, Quando ordenava o Ceo Que vivesse comigo desterrada.

acredita neles quem é louca! Beijos d'amor que vão de bôca em bôca, Como pobres que vão de porta em porta!... *Ao vento* O vento passa a rir, torna a passar, Em gargalhadas asp'ras de demente; E esta minh'alma trágica e doente Não sabe se ha de rir, se ha de chorar!

Parámos n'um banco, junto d'uma trepadeira de rosas; e ahi, no silencio e no perfume, narrei a camisa funesta da Mary, a Reliquia no seu embrulho, o desastre no Oratorio, o oculo, o meu quarto miseravel na travessa da Palha... De modo, Chrispimzinho da minh'alma, que aqui me encontro sem pão!

As negras vestes da culpa Despi-me, Senhor, rasgai; E as galas da virtude Sobre minh'alma lançai. Tendo a veste nupcial, Possa... Que grande ventura! Ter lugar, ter aposento Comvosco, em gloria futura. Para depois da Confissão. Amantissimo Senhor Jesus, e Deus meu, tenho recebido o Santo Sacramento da Penitencia, como meio, que vós ordenastes para remissão de todos os nossos peccados.

Dar-te-hei minh'alma: ma tens roubada: Não ta demandarei: dá-me por ella Huma volta d'olhos descuidada. Se muito te parece, e minha estrella Não consentir ventura tão ditosa, Dou-te as azas do Amor perdidas nella. Que mais te posso dar, Nympha formosa, Inda que o mar d'aljofar me cubríra Toda esta praia leda e graciosa?

Sem ventura he por demais. Glosa. Todo o trabalhado bem Promette gostoso fruito; Mas os trabalhos, que vem, Para quem dita não tem Valem pouco, e custão muito. Rompe toda a pedra dura, Faz os homens immortais O trabalho quando atura; Mas querer achar ventura, Sem ventura, he por demais. Minh'alma, lembrae-vos della. Glosa.

Então era a minh'alma que gemia no vago anceio d'onde nasce o amor; mas hoje sei que amor no mesmo dia nasce, esmorece, e morre como a flôr. Da meiga briza o tépido bafejo, a rosa perfumada, o pôr do sol, as nuvens d'oiro, esplendido cortejo do astro-rei, a voz do rouxinol;

¡Oh! ¿á minh'alma taciturna que importa, ó montanha soturna, que de perfumes sejas urna da terra erguida sobre o altar? ¿que o ceo te ria azul, mais amplo e mais de perto, que o sol doirado, ao teu deserto mais cedo suba, e á tarde o desça com pesar? Vir mais tardia a noite, a aurora vir mais cedo, ¿que me aproveita?

Abysmo de emoção, em mim me perco! E minh'alma exaltada e comovida, D'este meu sêr trasborda e inunda tudo! Arde no fogo virgem das estrelas, Em cada humana lagrima scintila, Chora nas nuvens, no êrmo vento geme! E julgo haver, meu Deus, resuscitado Da morte que soffri para nascer!

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