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Atualizado: 23 de julho de 2025
Leocadia. Que cartas são estas?! Julia. São cartas, que teu marido me escreve... Leocadia. Meu marido!... Julia. Leocadia, e depois Eduardo. Leocadia. Vou sondando toda a profundidade do meu abysmo... Eu bem sabia que era infeliz; mas tanto... não!... Eduardo. Parece-me que a sua amiga não veio dar-lhe prazer... Tão descorada, minha senhora! Que tem?
Eduardo (áparte, a Leocadia).
Vasco leria os seus poetas italianos, o seu querido Petrarcha, e Leocadia, chorosa pelo tão mal recompensado amor do infeliz poeta, abraçaria o seu, tambem fadado das musas, exclamando: «que nos vejam do céo esses desgraçados amantes que não acharam cá em baixo o nosso paraizo.» Isto é bonito, digamos a verdade; e mais ainda se não disse tudo.
«Aproxima-te desta cruz, Leocadia disse elle com energia snr. Francisco de Proença, eu entrego-lhe, minha filha. Comprehende o senhor a valia deste thesouro que lhe entrego? Sabe como eu queria que o senhor amasse esta creatura? Amal-a-hei quanto se póde amar nesta vida... disse Proença, sentindo eriçarem-se-lhe os cabellos, commovido pela religiosidade do acto.
«E tu, filho... Recebi o raio na cabeça, e sahi com o receio de cahir morto aos pés do homem que confiava a sorte de sua filha á minha generosidade. Isto parece-me um sonho... Quando eu me convencer completamente que perdi a minha Leocadia, morro n'esse instante. E que espero eu agora, meu Deus! A mãi de Vasco, com a barba apoiada na palma da mão direita, contemplava seu filho a olhos enxutos.
«Minha filha, ajoelha diante de Deus que nos escuta, e pede-lhe que faça duraveis os bons sentimentos no coração de teu esposo, e que te faça a ti sempre digna d'elles. Leocadia ajoelhou, e Francisco de Proença, arrebatado pelo bello funebre do lance, ajoelhou a par com ella. E oravam todos mudamente. O coronel tinha as mãos erguidas.
E retirou-se, solemne e sonoro nos passos, como a estatua de D. João Tenorio. Aqui está o que se chama um homem romantico e uma mulher desgraçada. Se bem me lembro, já disse que Leocadia é o nome que a mulher de Francisco de Proença adoptou, desde a scena do anterior capitulo. No decurso do romance, conservei esse nome, e já agora conserva-lo-hei até final.
«Eram nove horas da manhã quando se abriu a porta, e entrou meu pai. «Não escondi as lagrimas, e elle, fingiu que as não via. Leocadia, disse elle, vem ahi o almoço. Depois de almoçar, veste-te que vamos passar o dia a uma quinta de Campolide. «Meu pai!...» murmurei eu. Que queres tu Leocadia? disse elle com um ar de fria seriedade que me gelou as palavras, e sahiu.
Conheço tudo... meu anjo... Vou á sala... póde notar-se a minha falta... Eduardo , e depois Leocadia, e depois o Visconde na porta do fundo sem ser visto. Eduardo. Tornemos á posição do benemerito Tartufo. Oh meu querido Moliere, onde quer que estás recebe os meus agradecimentos pelo excellente molde que me cá deixaste! Eduardo... só duas palavras... Olha que Alvaro viu-te sahir de minha casa...
Depois de cinco dias de desgostos para o pobre pai, e de irritações orgulhosas da madrasta, e suspeitas más de Francisco de Proença, e continuadas lagrimas e reclusão de Leocadia, o coronel queixou-se de violentas dores de cabeça, e febre. Apenas se recolheu á cama, Leocadia foi sentar-se á cabeceira do seu leito.
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