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Atualizado: 2 de julho de 2025


E entregou-lhe a carta de que era portador. Madre Paula abriu-a e com grande surpresa leu: «Minha querida Paula: «Lembras-te ainda d'aquella desgraçada irmã Dorothêa que no seculo se chamou Helena de Noronha?

Zina! Zinotchka! Não chores... não me estejas a lembrar que vou morrer... deixa-me contemplar-te, pensar que me perdoáste. Vou morrer sem pensar que morro, até, beijando-te as mãos... Estás tão magrinha, Zinotchka! Anjo querido, a bondade com que tu estás a olhar para mim! Lembras-te do gosto com que te rias, d'antes? Ai! Zina! Eu nem sequer te peço perdão!... Nem quero lembrar-me do que aconteceu... eu é que m'o não perdôo, a mim proprio... E quanta noite sem poder dormir, Zina! Quanta noite não levei eu a pensar, a recordar-me, a estalar, quasi, com saudades!...

A noite é a camara escura onde revelo os perfis tragicos das victimas, que são todos, menos tu! A noite passada foi elle! Estavamos na Villa-Feia. Lembras-te do eirado que domina o Ribeiro de Cobre? Foi dahi que o vi comtigo, daquella Eira de Vidro, donde tanta vez espreitei os vossos enleios, duma luxuria que eu sentia em cima, esporeado por infernos de ciume.

Pois foi a última conversa que tivemos nas vésperas do meu casamento. Lembras-te? Perfeitamente... E ainda pensas da mesma forma? Pois que razão havia de desviar-me dêsse pensamento? Vejo que és um convicto no êrro. Como tu o és na verdade... Bem, bem. Não falemos mais nisso!... Ocupemo-nos de coisas proveitosas. Nem sequer viste o meu morgado... Vou mostrar-to. Anda comigo.

E voltando-se a Paulina, disse-lhe: Lembras-te, filha?... Ha vinte e dois annos, feitos em cinco de janeiro, que tu apeaste n'este mesmo sitio... Foi aqui... Minha mãe e eu levámos-te em braços para aquella pobre salinha dos meus livros. Recordas-te, Paulina? A senhora, com os olhos turvos de lagrimas, apertou a mão do marido, que lh'a beijou sem pejo de seus filhos.

Lembras-te do que te tenho dito? Os conselhos, os mimos... tristezas que eu soffro por causa de ti. Eh! Eh! Está decidido que aceitarás. Então conseguiu agarrar-lhe um braço, o que desligou Luiza das algemas nervosas que a sustinham, estarrecida, perante o sapo de cujo visco escorria tanta lascivia torva d'impotente. Houve uma lucta. Os cabellos de Luiza rolaram.

Se em vez de analisar, eu me entregasse; se eu esquecesse os livros e os outros e te falasse tão naturalmente como o meu sangue fala nas artérias... Quem sabe!... Talvez, Suze, se eu fôsse o que não viste, o que te fala agora... Porque eu lembro-me, eu lembro-me. Duas horas houve que nós vivemos um no outro, fora do espaço, fora do tempo... Tu bem sabes, tu lembras-te. Era madrugada.

Eu que o diga. Lembras-te, d'aquella vez na Carriça? E em Leça commigo? Cheguei a desesperar com as exigentes curiosidades d'este senhor. se preferes que a procuremos. Querem obrigar-me a ser incivil, mandando-os saír? Incivil estás tu sendo . E tu a fazeres drama, Carlos! Desconheço-te. Está decidido disse o louro adamado o homem reage. O remedio é facil. Procuremol-a.

O meu amigo Valladares, em uma tarde formosa, passeando comigo no Penedo da Saudade, sentou-se, accendeu um cigarro com perfeição academica, abriu a carteira, e recitou-me os versos, que, um anno antes, me recitára em Alpedrinha. Lembras-te? disse elle. Perfeitamente. Prometteste contar-me então uma historia. Vou cumprir a promessa. E disseste que o teu conto prendia muito com aquella casa.

Lembras-te, dize, quando tu, mirando-me, Com todo o fogo de infantil paixão, Em voz sumida murmuravas: Amo-te! E me apertavas docemente a mão! E que eu perdido de ventura olhando-te Da meiga lua ao divinal fulgor, Teu rosto de anjo contemplava estatico, Candida pompa de inspirado amor!

Palavra Do Dia

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