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O antigo paço senhorial da Villa-Feia é um systema de torres e torreões extravagantes, casas afiladas de frestas altas e seguidas, que dão de longe a impressão de linhas pontoadas; e quadrados enormes, atarracados, beirados de ameias grotescas, e frestas em losango, que põem na cantaria verde-negra um recorte de retinas extranhas, attentas ao mechanismo liquido das correntes e á paisagem roxa dos montados.

Finalmente, é deste poiso extranho que os valles proximos escutam e repetem os dizeres dos que ahi falam. Condições de acustica desconhecidas põem no espaço trios de arremêdo! Tal a descripção da Villa-Feia, conforme um inedito de Nuno de Villar, IIIconde de Nevogilde e ultimo representante do Templario.

Desenvolvimento, florescencia e fructos, parecem obedecer a leis especiaes. A Villa-Feia é um capricho da Natureza; uma pagina de Pathologia vegetal. Os fructos são acres; as flores, em meios tons, e dum recorte esquisito, não têem aroma, o que faz que os camponios supponham que a sua approximação lhes veda o olfacto. Tudo ali é extranho.

Tu eras irreprehensivelmente perfeita no conjuncto bizarro das degenerescencias para que me pertencesses e te pertencesse. E jámais gosei soffrimentos como os que me deste nos teus abraços! Ah! porque me não matou o delirio das nossas hysterias, quando nos confundiamos na folhada exotica da Villa-Feia! Ha pouco me interrogava eu ácerca do teu amor, do nosso amor... Fui ver-me ao espelho.

Excepcionalmente encontrei uma figura rara, o Conde de Nevogilde, um excentrico, escriptor de merecimento, por quem sinto a melhor devoção. Vale-me nalguns serões. Vou por estes dias passar algum tempo á sua casa de Entre-os-Rios, a Villa-Feia. Extranho logar, disse Helen, se o titulo não mente. Não mente, creio. Aquella Villa é um capricho da natureza em favor do proprietario.

Decorreu um mês sem que ao palacete da rua do Alecrim chegasse qualquer noticia de Villa-Feia. José de Andrada recolheu á cama myelitico, dias depois da sahida da Artista. Violet, á vontade, senhora da casa, deu-se a receber aos sabbados a velha collecção de hospedes, e mais assiduamente Manuel Brito de Miraz, da Folha da Noite, continuador do publicista das Horas Tôrpes.

Tanto o paço torreado como o plantio da maior parte do arvoredo da Villa-Feia, foram obra dum velho templario que, segundo a Lenda, veio esquecer ali as canseiras da guerra. Aquella architectura, informam os do povoado, foi idéa do templario.

Era ahi que o fidalgo queria ainda usar o farrapo! Vinha cevar-se, immundamente, no monstro, contratado pela amante para servir os dois! Mas enganou-se. Em Villa-Feia, dobrei-me a todo o enxovalho da sua vileza, porque elle era uma parte de ti propria. Eu era o teu escravo; servindo-o, servia-te: entreguei-me.

Esperou debalde: minutos antes da sahida, recebeu carta delle, explicando a falta com o motivo de ter de seguir nesse dia á tarde para Villa Alva. Era-lhe impossivel ir a Villa-Feia, informava. Esperaria Nuno em Lisboa. Nevogilde, contrariado, entrou para a carruagem. Ficaram em Lisboa Violet, Salomé, e José de Andrada.

A natureza requintou em lhe deformar as arvores, dando á Villa-Feia uma flora monstruosa, invertendo o tempo das flores e dos fructos e afeiando as plantas de melhor raça. Mas não é sómente nas velhas arvores, que os do povo inculcam como plantadas pelo Templario, que as deformações se notam.

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