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Atualizado: 16 de maio de 2025
Os artistas que cantariam no dia seguinte jantavam em casa do barão de Pontual. O conde de Bizeux tinha á sua meza, além do arcebispo de Rennes, todas as pessoas d'importancia que tinham chegado de varios pontos da Bretanha para assistir ao concerto, que em toda a provincia despertára o maior enthusiasmo. Findo o jantar, Antonino e Laura chamaram o conde de parte.
«Vou por esse mundo de Christo, a ver se ganho a minha vida.» «Queres que te acompanhe?» «Anda d'ahi.» Quando sairam da aldeia pararam junto d'uma fonte. O pequeno tirou a merenda do alforge, e repartiu-a com o cão. O burro pastou alguma erva que por ali havia. Emquanto jantavam, appareceu um gato esfaimado a miar lastimosamente. Coitado, exclamou João!» E deu-lhe uma asa do frango.
Passaram em todos os portosinhos naturaes que a ilha tem, desembarcavam, jantavam e dormiam nas estalagens mais ou menos mediocres com que deparavam, rindo do jantar, rindo do leito, rindo de tudo. Para descançarem das fadigas da navegação, davam esplendidos passeios de carruagem, visitando os melhores locaes e todas as curiosidades da ilha. Não abriram um jornal.
Ás duas horas voltava o infeliz, e jantavam. Havia de grade a grade um carrinho com duas roldanas lateraes em que ella lhe passava os pratos. «Ao anoitecer separavam-se. N'esta mixtura de alegrias e amarguras, viveram algum tempo, até que de Lisboa chegou ordem para ella sair do recolhimento.
Bem compreende que homem tam comedido e quieto não se exalou em suspiros públicos. Já, porêm, no tempo de Aristóteles, se afirmava que amor e fumo não se escondem; e do nosso cerrado José Matias o amor começou logo a escapar, como o fumo leve através das fendas invisíveis duma casa fechada que arde terrívelmente. Bem me recordo duma tarde que o visitei em Arroios, depois de voltar do Alentejo. Era um domingo de Julho. Êle ia jantar com uma tia-avó, uma D. Mafalda Noronha, que vivia em Bemfica, na quinta dos Cedros, onde habitualmente jantavam tambêm aos domingos o Matos Miranda e a divina Elisa. Creio mesmo que só nessa casa ela e o José Matias se encontravam, sobretudo com as facilidades que oferecem pensativas alamedas e retiros de sombra. As janelas do quarto do José Matias abriam sôbre o seu jardim e sôbre o jardim dos Mirandas: e, quando entrei, êle ainda se vestia, lentamente. Nunca admirei, meu amigo, face humana aureolada por felicidade mais segura e serena! Sorria iluminadamente quando me abraçou, com um sorriso que vinha das profundidades da alma iluminada; sorria ainda deliciadamente emquanto eu lhe contei todos os meus desgostos no Alentejo: sorriu depois estáticamente, aludindo ao calor e enrolando um cigarro distraído; e sorriu sempre, enlevado, a escolher na gaveta da cómoda, com escrúpulo religioso, uma gravata de sêda branca. E a cada momento, irresistivelmente, por um hábito já tam inconsciente como o pestanejar, os seus olhos risonhos, calmamente enternecidos, se voltavam para as vidraças fechadas... De sorte que, acompanhando aquele raio ditoso, logo descobri, no terraço da casa da Parreira, a divina Elisa, vestida de claro, com um chapéu branco, passeando preguiçosamente, calçando pensativamente as luvas, e espreitando tambêm as janelas do meu amigo, que um lampejo oblíquo do sol ofuscava de manchas de oiro. O José Matias no entanto conversava, antes murmurava, através do sorriso perene, coisas afáveis e dispersas. Toda a sua atenção se concentrara diante do espelho, no alfinete de coral e pérola para prender a gravata, no colete branco que abotoava e ajustava com a devoção com que um padre novo, na exaltação cândida da primeira missa, se reveste da estola e do amito para se acercar do altar. Nunca eu vira um homem deitar, com tam profundo êxtasi, água de Colónia no lenço! E depois de enfiar a sobrecasaca, de lhe espetar uma soberba rosa, foi com inefável emoção, sem reter um delicioso suspiro, que abriu largamente, solenemente, as vidraças! Introibo ad altarem Deæ! Eu permaneci discretamente enterrado no sofá. E, meu caro amigo, acredite! invejei aquele homem
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