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O socego da solidão deixa apreciar os ruidos mais imperceptiveis; Hernanda na mudez da cella, na ausencia completa de interesses que lhe povoassem a existencia, era impressionada profundamente pelos sentimentos mais leves que lhe passavam n'alma como as auras suaves pelas cordas de uma harpa. A imaginação desenvolvera-se a tal ponto, que a fazia soffrer.

Mas depois affligiu o malvado Da avesinha innocente a cantiga; Tal os olhos affeitos a trévas A cerrar-se luz subita obriga. Nunca ao i­mpio na dor deu consolo Meigo som de cadente gorgeio. Que harpa eolia lhe adoça o azedume De que seu coração está cheio? Ai do mau, cuja vida travada Vai de sustos mandados do céu! Nunca o sol a acorda-lo tranquillo Em seu brilho dos montes desceu.

Alguns d'elles parecem conversar com a harpa e com o violino: é porque teem que lhes dizer. Decerto que não são alegrias. Póde ser alegre quem atravessa os Alpes a , e dorme para ahi em qualquer canto, e vae correr a Europa inteira unicamente fiado na agilidade dos seus dedos e na obediencia das cordas? Creio que não.

As suas expressões são como a lyra do Orfeu, que adormecem as dôres, ou como a harpa de David que acalentava as tribulações de Saul! Ha anjos, encarregados de cobrirem de flôres os espinhos que nascem sobre a carreira de alguns mortaes! Dê-me v. s.ª as suas ordens.

Resoava-lhe do continuo nos ouvidos a harpa do crente e, perpetuamente, sem hesitar, rendeu-se ás modulações das suas cordas.

D. Luiz, e perdoe-me, perdoe-me por quem é, perdoe-me por amor d'ella. Fiz mal, bem conheço, mas, como tambem lhe queria muito... Depois, assim que vi esta harpa... Ó meu Deus, que saudades! Como me lembrei d'ella, da musica que tantas vezes lhe ouvi, da canção que ella preferia... Quiz avivar essas recordações e... Mal sabia eu o que estava fazendo! Como era cruel sem o suspeitar!

Quem em baixo á escarpa D'um ingreme penedo No tremulo arvoredo Entorna os ais d'uma harpa?

O velho passára a noite á lareira com a criança adormecida nos braços, afagando-lhe os cabellos loiros, cobertos pelos seus cabellos brancos, sem dizer uma palavra. Comeu pouco e bebera menos. Pela manhã saíra com a harpa e a criança.

Era uma pequenita que parecia um passarinho encostado a uma harpa. Acompanhava-a um velho de cabellos brancos, a quem chamava avô, e que lhe transportava a harpa. Impressionava o contraste. Seria difficil dizer qual d'elles poderia melhor com a harpa, se o avô ou a neta. Elle tinha tanto de velho como ella de pequenina. E depois que tristeza dava o vêl-a vestidinha de preto!

Ao longe os pinheiraes acordavam as solidões com as vibrações da sua harpa plangente. O rouxinol, casto como a andorinha, desferia a medo o seu eloquente hymno de amor.

Palavra Do Dia

entristecia-se

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