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Por traz do balcão envernizado, junto a um vaso de rosas e magnolias, ella estava lendo o seu Times, com um gato branco no collo. O que me prendeu logo foram os seus olhos azues-claros, d'um azul que ha nas porcelanas, simples, celestes, como eu nunca vira na morena Lisboa.

Ha n'este capitulo uma comparação entre a velha barca hollandeza, que elle chama o phantasma benigno da patria, a aquatica alma errante do paiz, essa barca onde o hollandez navega paxorrentamente, levando comsigo a mulher, a pequenada, o gato, o cão e os passaros e a nossa pittoresca e extincta falua do Tejo e do Douro, que me pareceu verdadeiramente encantadora.

N'este casarão onde móro a toda a hora se ouve o ruido da levada; corre sempre como as torrentes desordenadas e esplendidas. Escutae!... Préga o inverno bravio, o vento e os aguaceiros passam, mas escutae, escutae!... São meus visinhos, em baixo mulheres perdidas, ao de mim dois casados, e na trapeira um gato pingado, a quem chamam S. José.

E, realmente, fizeram a seguinte descoberta: que não podia ser gato de casa, porque o não tinham, e não podia ser gato de fóra, porque os muros do quintal eram muito altos, e estavam eriçados de cacos de garrafa. Será elle rato de agua, ó Gertrudes?! Nada, sr. padre-mestre, isto menos póde ser dente de rato.

Não te comprehendo, interrompeu o joven veneziano, que, como todos os seus eguaes d'essa epocha, estava pouco habituado a torturar o cerebro, sentia enorme confusão perante semelhante embroglio para elle inintelligivel. Porque não queres comprehender-me, replicou Yago com a mesma tranquilidade do gato que brinca cem o rato.

Accendi com os dedos ainda tremulos um charuto, e disse, limpando na testa uma baga de suor, esta palavra, resumo d'um destino: Bem, Ti-Chin-Fú está contente. Fui logo á cella do excellente padre Giulio. Elle lia o seu Breviario á janella, debicando confeitos d'assucar, com o gato do convento no collo.

As mulheres passam ás vezes na rua, com chales purpuras a rasto; o gato pingado sahe á noitinha, á hora dos morcegos. Mais timido que eu, encontro-o nas escadas a tossir, com o peito escalavrado e rôto. Para que vive esta ralé? Levantam-se derreados, para cavar, para berrar, para que lhes deem um pedaço de pão e se deitam no sepulchro. Caminho sem sonho.

Apaguei de repente a luz e comecei a atirar pró lado o casaco, o collarinho, a camisa e talvez porque tivesse atirado um pouco mais alto as calças tive o desprazer de ouvir um acorde de piano em maior e fuga do gato assustado. Accordei com um tiro dentro do quarto.

Ora vocês hão de saber que póde uma pessoa ser muito valente, e ter medo de almas do outro mundo, e de feitiços e do diabo. Ali está o Francisco Artilheiro, que, quando foi na expedição á Africa, se atirou ao Bonga como gato a bofes, que é capaz de varrer uma feira, e que, se lhe disserem que de noite ao palacio do marquez, ao corredor onde dizem que falla a voz do Roque...

Arqueja o lume no escuro todo povoado de vozes, que vão prégar, mas que logo se callam suffocadas. A ventania passa fóra e na escada soam os passos do gato pingado; as mulheres gargalham e eu fico sósinho, a scismar, n'este velho casarão, com os olhos presos no lume que esmorece... Eil-o que pára no patamar a tossir, com o peito escalavrado e roto!...

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