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Atualizado: 4 de maio de 2025


Essas fragas deviam de ser boas para assar bacalhau. De certo... E outras muitas cousas que me não lembram agora.

Paciencia! dizia eu, deixando os meus olhos correr por cima da phantastica decoração de ruinas, como quem busca fixar a realidade no meio das oscillações que a sombra despregava das arcarias. Cessára a chuva de todo, e o vento que ennovelava os castellos de nuvens, muito baixas, vinha depois marrar com ellas de encontro ás fragas da cordilheira.

E enquanto assim cantavam nos seus bandos, vagabundos das fragas e dos seixos, cobriam toda a terra da sua purpura, esmorecida e branda, tímido murmúrio da vermelhidão que hesita em seu clamor e teme ferir quando quer dar vida.

Atira-se á roleta, á batota ou ao baccarat. Senta-se á mesa verde de lapis em punho, faz calculos mathematicos para saber quando o rei deve tornar a sahir ou quando o 36 deve voltar. Aquelle é pescador de anzol. Passa o dia de canna na mão, sentado nas fragas por horas esquecidas, esperando, com uma paciencia que ninguem lhe suppunha, que o peixe venha picar na isca.

Assim se avizinhavam da Bica-Santa, um dos sitios decantados d'aquellas cercanias formosas. Ahi a estrada, cortada na encosta d'um monte, alarga e fórma um arejado terraço, d'onde se abrange todo o valle de Corinde, tão rico em casaes, em arvoredos, em seáras, em aguas. No pendor do monte, coberto de carvalhos e de fragas musgosas, bróta a fonte nomeada, que em tempos d'El-Rei D. João V curava males d'entranhas e que uma devota senhora de Corinde, D. Rosa Miranda Carneiro, mandou encanar desde o alto até a um tanque de marmore, onde agora corre beneficamente, por uma bica de bronze, sob a imagem e patrocinio de Santa Rosa de Lima. De cada lado do tanque se encurvam dous compridos bancos de pedra, que a espalhada ramaria das carvalheiras tolda de sombra e frescura.

O rio contorce-se dentro do areal e interna-se pela terra passando por entre margens onde a vinha parece sorrir verduras ao abrigo das fragas. Alli a dois passos, o mar, o mar franjado de espumas rebentando na areia. Sitio delicioso! De mais a mais, nada nos havia esquecido.

E entre tocheiros deslumbrantes Ser bem comido e bem jantado Por alguns vermes elegantes N'um gabinete reservado!... O meio dia bateu na torre da Egreja. A aldeia é silenciosa e triste. O sol flameja. Entre o surdo murmurio abrasador da luz, Como n'um grande forno, os grandes montes nus Recosem-se, espirrando as urzes d'entre as fragas.

Elle era n'esse tempo uma creança loira Vivendo na abundancia agreste da lavoira, Ao vento, a chuva, ao sol, pastoreando os gados, Deitando-se ao luar nas pedras dos eirados, Atravessando á noite os solitarios montes, Dormindo a boa sésta ao das claras fontes, Trepando aos pinheiraes, ás fragas, aos barrancos, No rijo e negro pão cravando os dentes brancos, Radioso como a aurora e bom como a alegria.

Sempre é bom a gente lêr o Carlos Magno... Eu era pequeno quando o li, e ainda me lembra esta passagem da formosa Floripes a Roldão: «Senhor par de França! Os vossos olhos são dous sóes que derramam raios que matam como os lampejos da vossa durindana. Senhor cavalheiro, eu vos digo que o vosso affecto é mais doce que o mel, e mais abrazador que as ardentes fragas

O caminhar do insecto ou o rastejar do verme por entre as folhas sêccas do chão, a lande, desprendida do ramo e arrebatada na corrente, o raio do sol, que vae colorir a maravilhosa teia que a aranha teceu nas tojeiras, nas praias o movimento de expansão das actinias, ou rosas do mar, esses verdadeiros forcados das fragas, e outros iguaes phenomenos, sem importancia para quem os com animo distrahido, são alimento bastante para phantasias mais apuradas.

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