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«Mas nenhuma cousa ha n'este mundo em que se deva ninguem muito fiar; que aquela grande segurança em que Bimnarder estava, em lugar tam ermo, lhe não pôde durar, como agora vereisDe como Lamentor casou Aonia com o filho de um cavaleiro seu comarcão, e do que Enis aconselhou a Aonia que fizesse

Disseram philosophos e moralistas, uns, grandes santos como S. Paulo, e outros, grandes atheus como Voltaire, que a mulher é um ser exuberante de sensibilidade, e apoucado de raciocinio. D'ahi vem o denegarem-lhes accesso ás sciencias abstractas, ás politicas, aos parlamentos, ao magisterio, ás regiões intellectivas do machinismo social, e mandarem-nas cuidar dos filhos, e fiar na roca.

As que tem um salão, uma carroagem, um camarote na opera, um cofre cheio de joias, um quarto cheio de vestidos, não pódem ser as singelas mulheres que passam a vida a dar de mamar aos filhos e a vender cerveja, como diz o Iago, de Shakespeare; nem podem resumir o seu destino facil em ter filhos, chorar e fiar na roca, como diz Sancho Pansa.

Então o portuguez aferrolhou ainda mais a mulher, sobrepoz adufas a adufas, rotulas a rotulas, cortando-lhe toda a communicação para o exterior, e os moralistas apregoaram que a missão feminina consistia sómente em fiar, conceber e chorar.

Isto é o que eu penso, a convicção que eu tenho adquirido n'uns estudos placidos a que me dou, porque eu estimo os livros serenos e crystallinos, e não se desvirtue a minha opinião, e não se diga que eu quero a mulher analphabeta e apta para fiar ou coser. Isto penso eu. Mas para que discutil-o, Conceição?

Algodão de caroço unido, coberto de hum pêlo pardo, a que chamão Algodão de caroço pardo, fertil em lãa mais macia, e doce, que a do Maranhão, e produz hum fio fortissimo: a sua arvore he de bastante duração. Algodão de caroço unido, coberto de hum pêllo verde, a que chamão Algodão de caroço verde, a sua lãa he abundante, doce, branda, e forte no fiar: a sua arvore he de huma grande duração.

Quem dissera que por tempos Se mostrasse tão cruel Hum bruto, que parecia Tão submisso, e tão fiel! Ha duas moralidades, Que d'aqui se hão de tirar: A primeira he que nos brutos Ninguem se deve fiar: A segunda de que ha homens De huma apparente bondade; São huns, e parecem outros Por manha, e sagacidade. A Pulga, e o Mosquito.

D'aquem não ha que fiar.» Á poppa vai Dom Ramiro De sua galé real, Leva a rainha á direita Como quem a quer honrar: Ella muda, os olhos baixos Leva n'agua... sem olhar, E como quem de outras vistas Se quer so desaffrontar. Ou Dom Ramiro fingia Ou não vem n'isso a attentar: Ja vão a meia corrente, Sem um para o outro fallar.

Esta não vendia cerveja, não a ensinaram a fiar... Chorou apenas. Quem sabe se na sua dourada existencia a amargura das lagrimas a não compensou hoje de tudo quanto ignora da amargura da vida! E tive uma paixão sincera com um remorso profundo das palavras crueis que lhe dissera. Que poderia eu fazer para a salvar? Não o sabia.

Olhe que isso hão-de ser ditos de gente que lhe quer mal... Que isto é, eu direi... nos homens não ha que fiar... Elles prégam-n'a na menina do olho e, quando uma pessoa mal cuida, parece que estão muito seguros e põem-se a avoar!

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