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Satisfaz-se o humor cosmopolita, que todos temos muito ou pouco; sem cançasso nem más poisadas por terra; sem enjôo nem temporaes por aguas do mar; sem desabrimento de estações; sem saudades do que fica para traz; ou, havendo-as, com bom remedio para desandar, que é repetir algumas paginas; e emfim, sem o aborrimento, que a pessoa a viajar em corpo e alma tantas vezes deve de sentir em chegando aonde ninguem a espera, nem festeja, nem conhece, e onde não ouve pelas ruas palavra nem som da sua creação.

Isto dizendo, os barcos vão remando, Pera a frota, que o Mouro ver deſeja,, Vão as naos, hũa & hũa rodeando, Porque de todas tudo note, & veja: Mas pera o Ceo Vulcano fuzilando, A frota co as bombardas o feſteja, E as trombetas canoras lhe tangião, Cos anafis os Mouros reſpondião.

E viste, finalmente, o condemnado a quem o vento do sepulchro sacode sobre a escada do cadafalso, que pende para a morte como a hastea que se murcha, e que d'alli, de sobre esse triangulo erguido para vergonha da humanidade, escarneo de Deos, e epigramma da civilização, d'alli arremessa uma vista infinita, insondavel, incomprehensivel para a turba, que brutalmente o festeja, mas para a turba, que elle nunca mais ha de ver: para o mar, que lhe rebrame ao como se cantara uma nenia execravel, mas para o mar, que elle nunca mais ha de ver; para os céos, que recamados de sombras como que lhe toldam a esperança desapiedados, mas para os céos, que elle nunca mais ha de ver; para a terra, que lhe floreja ao longe alegre e formosa como se o quizera insultar no ultimo transe, mas para a terra, que elle nunca mais ha de ver; para as memorias d'um passado talvez prenhe de sangue e de remorsos, mas um passado, que elle nunca mais ha de ver; e essa vista resumida, em fim, a luctar entre a mortalha e o vestido, entre o carcere e a corda, entre a corda e a tumba, entre a morte e a vida, alli lhe foge toda para a vida; para a vida, que lhe matam, para a vida tão querida, tão linda e tão doce olhada do cadafalso, para a vida suspirada, gemida, e anciosamente chorada d'aquella altura tremenda, para a vida porque é sua, para a vida porque é boa, para a vida ainda que fora ? é o amor do condemnado; é o meu amor.

Livre é a flor, quando envia aos céos o aroma de suas douradas pétalas; a brisa é livre, quando beija o lyrio; é livre o passarinho, quando em haste vergada festeja o doce idyllio do crepusculo; é livre a humanidade, quando bafejada pelo sopro divinal das grandes idéas e sublimes principios!... Por entre todas as nações do universo, a America sorria-me grandemente ditosa.

Palavra Do Dia

rivington

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