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Em 1859, Jorge de Macedo, negociante de café em grande escala, e, ao mesmo tempo, abastado capitalista, vivia no Botafogo, em um formoso palacete, circumdado de lindissimos jardins. Magdalena, a filha do cabinda, n'esta epocha, em que principia a nossa narrativa, tinha desenove annos, e era a fada d'aquelle arrabalde do Rio de Janeiro.

A noite com o seu duplo cortejo de alegrias, de festas, de prazeres, de suspiros enamorados, e de tristezas, de crimes, de horrores, de soluços da miseria! A noite, fada mysteriosa, e negra feiticeira! A noite que se deixa illuminar pelo lustre dos salões, e pela candeia das aguas-furtadas, mas felizmente tambem e em toda a parte pelo fulgor das estrellas, que é o olhar de Deus.

Sem arte não encaminhava Luiz da Cunha as cousas a ponto de Marianna ir sentar-se, alta noite, a seu lado, na tolda, contando silenciosa as estrellas do ceo, entre as quaes dizia o impostor que procurava a fada do seu destino. Se a vir dizia Marianna peça-lhe que lhe diga o meu. O seu destino posso eu dizer-lh'o, senhora D. Marianna. Qual?... diga, diga. Ha de ser venturosa, venturosa sempre.

As fadas, outr'ora, presidiam a isto. Havia a fada do bem, e a do mal, que eram madrinhas. Vinham uns ao mundo para as venturas, para a desgraça outros, conforme o querer do ceu ou da natureza. Mas as fadas nos ultimos tempos foram deitando, como se diz, os bracinhos de fóra, e andavam de mais por este mundo.

E, no entanto, maldizendo as dôres de que a razão lhe foi origem, Anthero de Quental não pode amaldiçoar essa faculdade superior, comprada á custa de taes agonias, mas que lhe tem dado goso contradictorio e extranho! o austero orgulho dos que sabem!... Razão, velha de olhar agudo e frio E de halito mortal, mais do que a peste! Pelo beijo de gello que me deste, Fada negra, bemdita sejas tu!

Nesse tempo, sua mãe não tinha rival no coração do pintor; a sua imagem adorada sorria-lhe de entre as árvores do caminho. Agora não acontecia o mesmo: a seu pesar, uma outra imagem substituía a primeira. Queria chorar pela santa guarda da sua infância, e chorava pela fada da sua juventude, Rosa!

Descuidou-se do esmero no trajar; era-lhe como indifferente o reparo da mulher. Vendeu o tilbury e o cavallo. Mudou para hotel menos dispendioso. Traçou plano de batalha á fortuna, e entrou no jogo de fundos, onde os felizes, a um relanço de olhos da boa fada, accumulavam enormes cabedaes, facto demonstrado por milhares de exemplos. Foi feliz nos ensaios timidos, e em pouco.

Então, Charles! disse Jenny, olhando para elle, com ar de reprehensão. Olha, minha boa Jenny, acredita o que te digo; eu fui hoje sincero devéras nas minhas tentativas de reconciliação com a fada do lar domestico, com aquelle genio bom, que protegia a «gata borralhenta» na historia que nos contavam em creança.

A mais pobre creancinha Se quiz ser sua madrinha, Uma fada... ai, que feliz! São palacios, n'um momento... Belleza, que é um portento... Riqueza, que nem se diz... Ou então, prendas, talento, Sciencia, discernimento, Graças, chiste, discrição... Vê-se o pobre innocentinho Feito um sabio, um adivinho, Que aos mais sabios vae á mão!

A fada por certo que sorria tambem, mas acrescentando d'essa vez: «Ai, que varridos soisDize-me agora se queres que eu ajunte alguma cousa tambem, correspondente aos taes quatro versos de moralidade, que supprimiste? terminou Carlos, tocando levemente as faces de Jenny, e com um sorriso triumphante, ao qual ella correspondeu com outro, mas replicando: Não, não é preciso.

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