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Atualizado: 24 de outubro de 2025
Erguem se as ondas em vago enleio de voluptuosidade, como seio de virgem que arfa pela vez primeira. Rescende o meigo perfume no thuribulo da violeta. Rescende a saudade no thuribulo do coração.
Mas um d'elles d'essa noite repara no Gabiru, perdido a um canto sem vêr nem ouvir, ridiculo, esguio, alheado. Aponta-o e logo a turba emmudece, tragica. O Morto, pondo-lhe a larga mão no peito: Ó tu! Anh? Tu que andas aqui a fazer, ó Gabiru? Logo o Velho escancara as fauces e todos os outros de repellão se erguem. Esperem... Tu não ouves? Anh? diz elle, acordando estonteado. Anh?
A primeira vez que visitei a residencia de Fialho, que não é já hoje a casita de taipa que os seus construiram, mas uma das melhores da terriola, foi por uma tarde de agosto, uma daquellas tardes de rescaldo que erguem, á volta de nós, serpentes de fogo, e lhe ensinaram, a elle, a sua pintura deslumbrante, á maneira de Rubens, em que a propria côr queima!
São elles os desherdados, Os que já sem lar paterno Erguem preces ao Eterno, E bençãos por teu amor; São elles a quem um dia Com teu inspirado canto Tornaste em sorriso o pranto, Em pura alegria a dor! Contempla este ceo esplendido, Ouve aquellas melodias De tanta ingenua avesinha, Que alegre, os serenos dias Da primavera adivinha. Não vês a olaia? vaidosa!
Largo o mundo ahi 'stá ante o livre; Que este mundo é a patria do forte: Sobre os plainos gelados do norte, Luz do sol tambem mana do céu: Tambem lá se erguem montes, e o prado De boninas, em maio, se veste; Tambem lá se menêa um cypreste Sobre o corpo que á terra desceu! Que me importa o carvalho da encosta? Que me importa da fonte o ruido?
E é horrivel a angústia em que Luar se debate, ele jámais sonhou uma dôr assim! Como farrapos de nuvens tenebrosas numa dança macabra, figuras vagas e obscuras da alma de Luar se erguem, dolorosamente se contorcendo todas e todas vertiginosamente se debatendo numa loucura genial, a loucura da Existencia, do Espirito..., e nessa vertigem suprema em que a tortura e a convulsão doidamente se misturam, se confundem, um ponto de luz sinistra, numa expressão vaga de sonho, ao fundo se esboça através da lividez da morte e como que indiferente ao turbilhão lúgubre de dôr que só a alma de Luar soube criar!...
Disse-me um, que falava Inglez, que eu ia entrar em paiz sem caça, mas que, se força-se as marchas, poderia, seguindo o trilho dos vagons d'elles, alcançar n'essa noute a missão do Piland's Berg. O paiz continúa, sendo uma planicie enorme, da qual se erguem aqui e
Ali, onde o mar quebra, n'um cachão Rugidor e monotono, e os ventos Erguem pelo areal os seus lamentos, Ali se ha-de enterrar meu coração. Queimem-no os sóes da adusta solidão Na fornalha do estio, em dias lentos; Depois, no inverno, os sopros violentos Lhe revolvam em torno o arido chão... Até que se desfaça e, já tornado Em impalpavel pó, seja levado Nos turbilhões que o vento levantar...
Em trévas não ficou silenciosas O sagrado recincto: os candieiros, No gelado ambiente ardendo a custo, Espalham debeis raios, que reflectem Das pedras pela alvura; o negro mocho, Companheiro do morto, horrido pio Solta lá da cornija: pelas fendas Dos sepulchros deslisa fumo espesso; Ondeia pela nave, e esvái-se. Longo Suspirar não se ouviu? Olhae! lá se erguem.
Vam-se á floresta... Brilham os machados... E os troncos descem, mortos, sobre os rios... Ei-los, na foz que se erguem, espantados, Ei-los no ar, sam mastros de navios... Depois, ó dia grande! eu vejo o Povo da minha Terra á beira-mar chorando...
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