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Atualizado: 27 de junho de 2025


O Gebo entrava e ella logo, soffrega, morta por desabafar o que todo o dia ruminára: Até que vieste, homem! E então? Conta. Então ha alguma esperança? Não ha nada, mulher. E sentava-se arrazado. Tambem ninguem faz caso de ti. Que és tu? Sabes o que tu és? Eu não, o quê? Um ente inutil.

Se lhe dizem que é feliz, Solta um suspiro profundo, Porque ninguem neste mundo Até hoje a comprehendeu! Salvo um ente idolatrado Porém esse... oh! desventura! Para a fria sepultura Na flor da vida desceu! Emfim, se alguem lhe protesta Que inda ha de viver tranquilla, Ergue em extasi a pupilla Pondo a mão no coração!

A mais suave maledicencia, querendo poupar a natureza humana ás querelas e libellos da philosophia rixosa, diz que o homem é um mysterio. A theologia christã, para desencarregar o supremo artifice do desaire da sua obra, diz que o homem é um ente degenerado da sua primitiva puridade.

«As provas do sentimento, da moral, da virtude, da honestidade do cidadão portuguez temol-as de sobejo ainda que esqueçamos o quanto sabe ser elle ingrato; porque iremos encontral-o em toda a parte como um ente dissoluto; em todas as situações como um hypocrita; na mais infima á mais elevada posição como um cynico perante a lei, diante de Deus um atheu e dos homens uma vibora.

Pobre Rytmel! Se n'este momento solemne, em que o teu corpo espera á beira da cova pelo seu descanço eterno, te faltam na terra as pompas funebres devidas á tua jerarchia; se te não seguiu até aqui um prestito de uniformes recamados de ouro; se nem sequer tens ao entrar na tua derradeira morada as orações de um padre e a luz de um cirio, cubra-te ao menos a benção da amisade! Descendente de lords, moço, intelligente e bello, quando todas as flores que perfumam a vida desabrochavam debaixo dos teus passos, apaga-se de subito no firmamento a estrella que presidiu ao teu nascimento, e tu baqueias como o ente mais despresivel no fundo de uma sepultura sem lapide, sem nome, na mesma casa em que vieste procurar a ultima expressão da tua felicidade, á luz das mesmas velas que alumiaram o teu derradeiro beijo! Os outros desgraçados que morrem têem ao menos na terra um logar assignalado onde repousam as suas cinzas, e onde podem ir os que os amaram chorar por elles.

Mostrei-lhe a necessidade que tinha de me libertar d'aquelle encargo para escapar áquella gente e ir encontrar o missionario. Respondeu-me elle, que não tinha fazendas, que estava tambem sem recursos, e que mandando eu a Lexuma as poderia obter. O seu modo de falar e a delicadeza das suas phrases mostravam-me logo, que aquelle homem não era um ente vulgar.

A lagrima hade existir per omnia secula, e a saudade terá sempre a sua lagrima, como sentimento superior ás nossas forças. Chorar sobre o tumulo de um amigo é tão natural, tão humano como chorar porque nos separamos de um ente querido. Não desejo agora, por um velleidade de rabiscador sentimentalista, fazer a psychologia da lagrima.

Amas-me! bradei eu com raiva. Mas de que modo me amas? Acima de mim, em teu coração tão puro, estão vãs considerações do mundo, razões de sociedade, costumeiras mesquinhas, está teu marido. Não me falles de teus filhos. Que amor é aquelle que não conhece a virtude dos sacrificios? que recua diante de qualquer respeito? que é limitado? que soffre prescripções? que não é uma abnegação absoluta do individuo, de todos os seus pensamentos, e affectos, e deveres e virtudes? Quem se perde pelo ente que ama, e destroe a honra e segurança do seu futuro, e chega, por amor delle, até ao crime, e se tortura a inventar maiores provas ainda, não o mais radioso testemunho da paixão exclusiva, intolerante, e soberba. Tu nunca soubeste que o amor não vive senão de si, e nada reserva fóra de si. Renegado sublime, piza os mais santos objectos, forte da felicidade que inventa, e que lhe justifica a impassibilidade. Porém, tu! mulher das dedicações mesquinhas, das virtudes pequenas, dos deveres timidos, chamas loucura a tudo isto.

Foi então que os demonios se encheram de pavor, convencidos de que tinham em frente de si um ente extraordinario, posto que de tão desprezivel apparencia; e deitaram a fugir... Muito bem. Agora o heroe cuida de acalmar a desolada dama, convence-a da ausencia do perigo e faz-lhe vêr que são horas de seguir para palacio, onde de certo o pae a espera com anciedade.

Contra esta condemnação da sua falta pela sociedade, a mulher que ama não tem senão um refugio, a felicidade que ao ente amado. Ai! Não foi necessario muito tempo para Joanna perceber que não fazia a felicidade de Chalinhy, e que o obstaculo a essa felicidade provinha da profunda affeição que este homem tinha, por quem? Pela propria esposa que trahia!

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