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Hum! atalhou Mauricio com meio riso não me enganei, previ logo que se tractava d'isso. De quê? Fizeram-te queixa de mim, não é verdade? Pintaram-me como um lobo voraz rondando e assaltando o curral da tenra ovelhinha, creada com tanto mimo e recato? e tu, na tua inexperiente imaginação de rapaz serio, viste logo um drama pavoroso em tudo isso e distribuiste-me n'elle o papel de tyranno.

E acima de tudo, pedirei perdão ao nosso distinctissimo hospede. Mas quer me parecer que é elle o proprio quem, mediante remotissimas allusões a semelhante circunstancia, me suggere o pensamento de que a formal declaração d'este segredo lhe será grata, mas que ella lhe inspira apprehensões. Não é verdade, meu principe, que me não enganei?

Se me enganei, a culpa não foi minha. Mas enganou-se... atalhou Bartholo com cara A canalha é que reina. Mas com gravata, luva branca, espada, chapeu de plumas, e arminhos ajuntou Fernando Gomes. E isso é bom? redarguiu o fidalgo.

Pareceu-me vêr n'este pequeno corpo a grande alma do bravo que lhe deu o nascimento. «Pesa-me dizer que me enganei, e o snr. Vasco deve esconder a face envergonhada diante de mim, e cortar essa mão que ainda agora hesitou apertar a minha, que lhe offereci com demasiada generosidade, ou pouco brio.

D'aqui me vem a mim a parecer que esta mudança, em que me eu vi, então começava a buscar, quando esta terra, onde me éla aconteceu, me aprouve mais que outra nenhuma, para vir aqui acabar os poucos dias de vida que eu cuidei que me sobejavam. Mas n'isto, como em outras cousas muitas, me enganei eu.

Creança, disse ternamente Ronquerolle, porque duvidas de meu carinho? Não sou o teu amante, o teu melhor amigo? Por ventura, depois de trez annos, que vivemos juntos, alguma vez te menti, te enganei, te abandonei um dia, uma hora?...

Não a enganei... forçou-me a fatalidade a adoral-a... E então?... Que incomprehensivel!... que indecifravel adoração!... Pois não me diz que adorava a minha amiga? Por que deixou de adoral-a?! Porque a mão do anjo negro me trouxe, desde o tumulo da primeira mulher que amei, até ao segundo calvario onde eu devia amar a segunda, mostrou-me... V. ExEu disse tudo, senhora!

Entendi que abandonal-a era restituil-a á mãe; e conserval-a minha amante era obrigal-a a cahir comigo no abysmo da miseria, fazendo-a testemunha dos esforços criminosos que eu faria para não cahir... Não me enganei... Assucena é hoje mais feliz sem mim... Estimo até que ella ignore a minha situação. O senhor conheceu-a? Não a conheci. Conhece a viscondessa? Sim, senhor.

Receoso d'afugental-a, parei para que ella me não ouvisse os passos. O ar mysterioso de tudo aquillo, a hora, o sitio, e sobre tudo esta minha cabeça fertil de crendices visionarias, fizeram-me crêr que tal mulher apparecera então para não ser vista d'alguem, e fugiria se alguem a visse. Não me enganei.

Ah! sei: é a D. Therezinha Albuquerque. Então não me enganei disse Marianna, pensativa. Pois tu conhecel-a? Não; mas por amor d'ella é que eu vim fallar comtigo. Então que é?! Que tens tu com a fidalga? Eu, por mim, nada; mas conheço uma pessoa que lhe quer muito. O filho do corregedor? Esse mesmo. Mas esse está em Coimbra. Não sei se está, nem se não. Fazes-me tu um favor?

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