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Esperemos: talvez que inglorios, mas doirados, aqui me aguardem, recatados, dias de estro e de paz, quaes nunca disfructei. se a solidão que me apavora, sómente o fôr vista de fóra; se em seus recôncavos demora gente feliz, povo de irmãos; se do antigo viver, das crenças de outra edade, vestigios guarda a soledade; se poesia se vive entre estes aldeãos;

Revela-me num gesto os mais altos modelos Do Verso lapidar, para n'elle esculpir Com encantos de deusa e doirados cabellos, Essa flôr de volupia a tremer e a sorrir! Ensina-me em segredo o genio incomparavel De poder transformar os versos que componho, E d'um jacto fundir, com uma arte impeccavel, N'um distico immortal, a visão do meu Sonho!

Nada mais commovente do que a infancia e a velhice quando se amam e se comprehendem; tem ambas uma frescura juvenil, o frescor dos orvalhos doirados da alvorada e da geada nocturna, a luz e sombra formando um brando crepusculo em que se scisma sonhando alegrias por vir e illusões que não tornam.

Não ter sahido nunca do seu vetusto solar salas e salas, quartos incontaveis, corredores tão compridos que é impossivel conhecer quem vem ao fundo!... Os santos da capella doirados e ridentes seriam os seus mais queridos companheiros, aquelles que melhor comprehenderiam a sua alma inquieta, sedenta de novo!... Se ella não havia d'estar alegre, no fundo, bem no fundo do seu coração, por essa fuga decidida que a ia tirar por algum tempo da monotona vida de todos os dias?!...

Quando acordarem tem os anjos á espera d'ellas... Ha-de acordar tudo nos ceos doirados... Ha-de haver banquetes, ha-de haver noivados... Põe a mesa a Virgem para os pobresinhos... Ai, que lindos fructos!... ai, que ricos vinhos!... Vinhos d'um vinhedo, fructos d'um pomar, Que no ceo os anjos regam com luar... Ordenhando ovelhas andam serafins, Cantarinhos d'oiro, leite de jasmins.

A' Illustrissima, e Excelentissima Senhora Dona Catharina Micaella de Souza, tendo o Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor Luiz Pinto de Souza expedido Avizo para se imprimirem as Obras do Author na Officina Regia. Senhora, Apollo bem sabe Que sois digna companhia De quem em doirados annos Lhe honrava a doce Poezia;

Arredae da fronte os loiros anneis dos vossos cabellos, doirados fios que enreda, teimosa, a brisa folgazã, como que para vos desafiar para novos brinquedos, e fitae-me bem com esses olhos azues, transparentes como o lago limpido, puros como o céo ridente, que vos quero povoar os sonhos de imagens luminosas d'esse mundo loução de fadas e duendes! Ó sonhos infantis!

Era um pego largo, pouco fundo, com moitas de juncos pelas barreiras que se esboroavam a cada instante. De cada vez que caia um pequeno torrão, acudiam do fundo peixes em cardume, alguns doirados, outros de prata. Andavam á roda do pego uns homens graves, sem instrumentos de pesca, varando os peixes com olhares de fogo olhares de guloso ou de avaro.

O colorido do céo e o dos campos era bello, mas pouco tranquillisador. O firmamento estava esplendidamente pintado, não com o azul uniforme dos dias serenos, mas com as variadas tintas que recebia da influencia electrica de uma tempestade imminente. Grandes nuvens isoladas illuminavam-se, ao sol poente, de reflexos doirados.

E tu, que sem estes sustos Vives cheio de alegrias, Serenos, doirados dias, Aos pés de teus Reis Augustos; Tu, que por titulos justos Te chamas o novo Horacio, Quando entrares em Palacio Conserva de mim lembranças, Porque tenho as esperanças Postas em ti, e no Estacio. Hum suspiro de repente, Hum certo mudar de côr, São evidentes sinaes De que o peito occulta amor.

Palavra Do Dia

stuart

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