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Isto foi pelo mez do abrir das flôres, Quando a vida celebra os seus noivados, E o mundo, sob os verdes cortinados, Parece um doce thalamo d'amores! Estava um dia esplendido! a animal-o Eu via o seio azul do ceu mais lindo Curvar-se sobre mim, ethereo, infindo E tepido: era um gosto enamoral-o!

Ergamos nós para o Alto os nossos olhos tranquilos, e sejam as nossas palavras como um orvalho do Céu a refrigerar este vulcão onde as flores da purêza se fânam amarguradamente, desconsoladamente... Vái florindo a primavera. Na folhagem enfloráda dos castanheiros do Recreio, as rôlas cantam suspirosamente a celebração festiva dos misteriosos noivados...

Mas no outro mundo Deos lhes prepara Leito o mais alvo, ceia a mais rara... Os pés doridos lh'os lavarão Santos e santas com devoção. Para laval-os, perfumaria Em gomil d'ouro, d'ouro a bacia. E embalsamados, transfigurados, Tunicas brancas, como em noivados, Viverão sempre na eterna luz, Pobres bemditos, amen, Jesus!... Outubro 91

Quando acordarem tem os anjos á espera d'ellas... Ha-de acordar tudo nos ceos doirados... Ha-de haver banquetes, ha-de haver noivados... Põe a mesa a Virgem para os pobresinhos... Ai, que lindos fructos!... ai, que ricos vinhos!... Vinhos d'um vinhedo, fructos d'um pomar, Que no ceo os anjos regam com luar... Ordenhando ovelhas andam serafins, Cantarinhos d'oiro, leite de jasmins.

Era differente... Havia rumor nas folhas e o vento dizia aos ramos historias acontecidas n'outros montes. Ha epochas em que o vento traz noivados, ais de sapos, frangalhos arrancados ás flores... Se aquella poeira fosse luar... E se o luar se pozesse a correr sobre mim, aquecendo-me como outr'ora, quando em mim subia não sei o quê de mysterioso e forte?

Se me lembra a manhã em que dois entes, Deleitados na força da paixão, Se uniam em solemne sagração D'um tributo!... Recorda-me... Entoava O orgão religiosos sons! Resava Por assim dizer preces ao Bom Deus Pelo bem de sagrados hymineus. E que sons! E que sons tão inspirados Na graciosidade d'uns noivados! Que harmonia e conjunctos fervorosos, Embalando a união de dois esposos!

Nem sequer recordava o delicado e suave perfume a resêda da vinha em flôr, quando na primavera as noites são frescas e os rouxinois cantam pelas ramarias os lirismos dos seus amôres e as romanzas dos seus noivados.

Foram formosos e fortes Esses muros derrocados, Por onde trepam as heras; Que cingem bastos silvados. A voz delrei nelle tinha Nobre alcaide dom Sueiro; Nobre por sua linhagem, Nobre por bom cavalleiro. Noivados, torneios, festas, Ninguem sem elle fazia: Ninguem, sem o convidar, Ajustava montaria; Que nunca da sua bésta Viróte partiu em vão; Como nunca os justadores O viram perder o arção.

A marqueza de Carrillos levára a sua filha, aquella inquieta Mathilde, noiva por sport, tecendo e desarranjando os casamentos, como Penelope a famosa teia. Para ella não havia flirts: tudo noivados.

Não ergais alto a taça, á hora dos gemidos, Esquecidos talvez nos gosos, nos regallos; E não façaes jámais pastar vossos cavallos Na herva que cobrir os ossos dos vencidos! Não celebreis jámais as festas dos noivados, Não encontreis na volta os lugubres cortejos! E se amardes, olhae que ao som dos vossos beijos Não respondam da praça os ais dos fusilados!

Palavra Do Dia

lodam

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