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Aquelle que, num rasgo de generosidade e de amôr, se compadeceu d'ella; porque, desde a noite d'aquella desfolhada em que ella tivera o privilegio de ser abraçada por elle na presença das companheiras que tentaram disfarçar a inveja que lhes causára, a Maria Luiza começou de ser envolvida numa mephitica atmosphera de maledicencia.

Não sabia defender-se; a innocencia não se preoccupa com argucias, não quiz resistir, e deixou-se vergar pela dôr. Foi a definhar-se lentamente no soffrimento mudo d'esta impia injustiça. Assim a rosa que refloriu sobre um sepulchro que impensadamente abrira, veiu cahir desfolhada pelas virações da tarde sobre a terra fresca que acabava de a cobrir. A rosa de Sáron

Aquela tenra floríta, Desfolhada pela morte... Não lhe choreis a desdita. Não pranteêis sua sorte... Pois, donzelas, quem nos diz A nós corações airádos, Que ela não foi a feliz, E nós os desventurados?... Pois, afinal, esta vida, Mesmo á luz ideal do amôr, Sempre incerta e combalída, O que é ela, senão dôr?!

Os descobridores morreram; ficaram apenas os piratas. O descobridor era saudado pela artilheria; o pirata é aprisionado por ella. Ruinas d'uma nacionalidade, petalas d'uma grinalda desfolhada, recordações horriveis d'um sonho vago...

Na mesma occasião, um bando de rapazes que, ao approximarem-se do local da desfolhada, se occultaram a ouvir o cantador, aguardando o final dos seus improvisos para o acclamarem, sairam do seu esconderijo e appareceram juntando ao alarido as suas exclamações e motejos inoffensivos dirigidos á Maria Luiza que, na opinião d'elles, encavacara. Ora deixem-se d'isso! deixem-se d'isso!

O velho, commovido e silencioso, sentou-se num banco; e o filho continuou, com um olhar firme em que transparecia toda a verdade das suas palavras: Meu pae lembra-se d'aquella noite, em outubro, quando fizemos a nossa ultima desfolhada em que todos os que nella tomaram parte se divertiram, e quando eu, nas minhas cantigas, fiz uma referencia inoffensiva á Maria Luiza?

Essa mesma rapariga, desembaraçada e alegre, que, no arraial do Santo Estevam, supplantara o João da Alameda, o cantador invencivel; a mesma da desfolhada, em que ella gosara o exclusivo do seu abraço, goso momentaneo que foi a origem de mil dissabores.

O sol, no hemispherio opposto, tinha brilhado no zenit dos nossos antipodas quando começou a retirada dos nossos personagens. Na eira, desoccupada com presteza depois da desfolhada, dançara-se alegremente na mais dôce expansão d'aquellas almas inflammadas do ardor da mocidade. A lua, recolhendo ao seu leito, convidou o nosso jovial bando a seguir-lhe o exemplo.

Ouve as cantigas, que as raparigas, No S. João, Soltam ao vento como um lamento Do coração! ............................ A vossa capella cheira, Cheira ao cravo, cheira á rosa, Cheira á flor da laranjeira... Laranjeira desfolhada Numa noite de orvalhada, No leito d'algum linhar... Mas a alcachofra cortada Sabe alguem se vae seccar?! Passarinho trigueiro, Põe-te na areia!

Tudo é vaidade neste mundo vão... Tudo é tristesa; tudo é , é nada! E mal desponta em nós a madrugada, Vem logo a noite encher o coração! Até o amôr nos mente, essa canção Que o nosso peito ri á gargalhada, Flôr que é nascida e logo desfolhada, Pétalas que se pisam pelo chão!... Beijos d'amôr! P'ra quê?!... Tristes vaidades! Sonhos que logo são realidades, Que nos deixam a alma como morta!

Palavra Do Dia

imperceptivel

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