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«Mas, sentado o cavaleiro ao do freixo, esteve por longo espaço revolvendo muitas cousas na fantasia. «E, quando se lembrava do que a Cruelcia devia, parecia-lhe sem-razão deixá-la; por outra parte, lembrando-se de quam bem lhe parecera Aonia, parecia-lhe desamor não lhe querer bem.

O qual, como quer que até li sempre mostrasse estranhar com palavras de honestidade aos que lhe em tal caso fallavam, porém a este tempo por ter sabido e visto como a Rainha se declarava ter-lhe desamor e vontade, d'hi em diante, aos que n'isso o comettiam, recebia e ouvia mais com rostro de lhe agradecer que o fizessem para vir a effeito, que de lhe pesar.

Pois olha que não é outra cousa, e hei-de-o saber com certesa; tu verás como sae certo, isso são favas contadas... Entornava-lhe na alma o veneno do ciume, com um grande desamor cruel, fazendo alarde da sua experiencia em casos d'aquella ordem.

Isto não desdoura a sensibilidade do cantor de Ignez e de Leonor de ; mas vem de molde para notar que do poeta para com seus paes não se encontra um hendecasyllabo que lhe abone a ternura. O mesmo desamor se verifica em todos os poetas coevos, quer epicos, quer lyricos.

Falso desamor S'encerra naquelle Que hum real me deve. Pedio-mo emprestado, Não lhe quiz penhor: He mao pagador; Tendo-mo afferrado. C'hum cordel atado, Ao Tronco se leve; Que hum real me deve. Por esta travéssa Se vai acolhendo: Ei-lo vai correndo, Fugindo a grã pressa. Nesta mão, e nessa O falso se atreve, Que hum real me deve.

Soes primeiramente muito enganada em procurardes entrar em Portugal por guerra, e contra vontade do Regente e dos Infantes seus irmãos; pois sabeis que todo o reino por natureza os ama, e por obrigação e vontade os hão-de servir, e das mostranças que alguns fizeram de vos recolher e servir, deveis de ser desenganada, e a concordia do conde de Barcellos e do Marechal com o Infante D. Pedro vos é para isso claro exemplo, e que vos pareça que a necessidade do tempo lh'o fez assi fazer, ainda não creaes, vendo elles as cousas revoltas que não sostenham a parte de seu Rei natural antes que a do estranho, e mais eu não sei que segurança tereis do amor do povo que guerreardes por fogo e sangue, que tal caso se não pode escusar, antes para vossa vida conseguireis odio, desamor e perigo, que por todas razões não deveis querer; não fallo no grande trabalho e muita perda que estes reinos de Castella receberam com esperança de tão duvidosa victoria.

Lembre-te a formosura de Narciso, E qual pago lhe deo seu desamor: Ólha que com amor disto te aviso. Mas quando essa crueza tanta for, Que mereça do ceo novo castigo, Qual herva será digna de tal flor? Amor que me persegue, Amor que sigo, Me faz d'hum grave mal andar temendo; D'hum mal, qu'eu sinto na alma e que não digo.

Muito ingrata a Humanidade, Que acha as trévas de Morpheu Preferiveis a este ceu De risonha castidade! Talvez seja por vingança Que a mostrar-nos a outra face A Lua não se abalança! Seja pelo que fôr, Que sem protesto não passe, Diana, o teu desamor! Acaba de fazer correr brandamente o reposteiro. Depois vae buscar o candalabro e dispõe-se a leval-o comsigo.

Graça Strech fez reparo no carinho da enfermeira, mórmente comparando-o ao desamor com que eram tratados os demais feridos. Não poria duvida em beijar a unica mão caridosa que se estendia para elle na solidão do mundo, se não receiasse que o odio que lhe refervia no coração contra a França lhe envenenasse os labios. E aquella mulher era franceza.

Os quaes responderam, dizendo: «Senhora, esta derradeira é a melhor determinação que podeis ter, e o vosso coração para quão real é, não deve soffrer andar sobjeita em poder de um homem vosso imigo, e que segundo o desamor que vos tem, vos fará cada dia mil nojos e abatimentos, e a nós outros que vos servimos, como desesperados d'elle em todo bem e mercê, será razão que nós vamos ás judarias ou fóra do reino, pois havemos ser d'elle pior tratados que judeus.

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