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Atualizado: 13 de junho de 2025
Da belleza inimigo, e da ternura Xenocrates descubro austero, e triste, Vergonhoso baldão da especie humana, Que, nem ao mago scintilar d'huns olhos Nem ao surrizo de purpureos labios E ás aureas ondas de madeiras d'ouro, Sente no peito a Natureza toda, Q'até do fundo abysmo aos monstros feios, E sanguinario Tigre, amar ensina.
Que direis d'huns, que as entranhas Lh'estão ardendo em cobiça, E se tẽe mando, a justiça Fazem de teas de aranhas? Com suas hypocrisias, Que são de vossas espias: Para os pequenos huns Neros, Para os grandes tudo feros. Pois tu, parvo, não sabías, Que lá vão leis, onde querem cruzados?
No tempo que Ciriáco se sentava Na Cadeira de Pedro pescador, De que com sãa doutrina apascentava As Ovelhas de Christo, Bom Pastor; Teve Bretanha hum Rei, que professava A Lei que deo no mundo o Redemptor, Justo e temente ao Ceo, pio e devoto, Chamado Mauro d'huns, e d'outros Noto.
Com mil razões fingidas s'escusava, Sendo só a razão, não ser contente; Com que desgôsto ao pae, gôsto a mi dava. Estando nós por huma sesta ardente Á sombra d'huns madronhos repousando, Affastados da casa e mais da gente, Ja d'huma e d'outra cousa praticando; Soltou com hum suspiro estas palabras: Desde hontem para cá em mi não ando.
Se tanto a vossa vista mais namora, Quanto eu sou menos para merecer-vos; Que quero eu mais que ter-vos por senhora? Se procede este bem de conhecer-vos, E consiste o vencer em ser vencido, Que quero eu mais, Senhora, que querer-vos? S'em meu proveito faz qualquer partido, Só na vista d'huns olhos tão serenos, Que quero eu mais ganhar que ser perdido?
Aqui minha ventura Quiz que huma grande parte Da vida, qu'eu não tinha, se passasse; Para que a sepultura Nas mãos do fero Marte De sangue e de lembranças matizasse. Se Amor determinasse Que a trôco desta vida, De mi qualquer memoria Ficasse como historia, Que d'huns formosos olhos fosse lida; A vida e a alegria Por tão doce memoria trocaria.
Continuamente tenho o pensamento; Que quanto mais vos sólta o fresco vento, Mais preso fico então de meu cuidado; Amor, d'huns bellos olhos sempre armado, Me combate co'as fôrças do tormento, Provando da minha alma o soffrimento Que á justa lei da paz trago obrigado. Assi que em vosso gesto mais que humano Amo a paz juntamente e o perigo; E em amar hum e outro não me engano.
Da vista Amor sohia Abrir ao coração segura entrada: Lei he ja profanada; Que quando a luz d'huns olhos me fería, Amando o que não via, Qual d'escopeta o lume, Primeiro o querer vi, que a causa visse. Quem o desejo co'a esperança unisse, Cego iria apos cego e vil costume; Qu'eu dest'alma, das leis do mundo isenta, Morta a esperança vejo, Onde sempre o desejo se sustenta.
Aqui Progne d'hum ramo em outro ramo, Co'o peito ensanguentado anda voando, Cibato para o ninho indo buscando; A leda codorniz vem ao reclamo Do sagaz caçador, que a rede estende, E pretende Com engano Fazer dano Á coitada, Qu'enganada D'huns esparzidos grãos de louro trigo, Nas mãos vai a cahir de seu imigo.
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