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Atualizado: 26 de maio de 2025


De como o conde d'Abranches fallou ao Infante, aconselhando-o que desse no duque

E assi se encommendou o cerco da Amieira ao capitão Alvaro Vaz d'Almada, conde d'Abranches, ordenando a cada um as gentes e apparelhos que cumpriam. E foi accordado que o Regente e o Infante D. João, e condes d'Ourem e d'Arrayollos fossem sobre o Crato.

Com o Infante além d'outros muitos e bons cavalleiros e escudeiros, eram estas pessoas principaes: D. James seu filho, o conde d'Abranches, Aires Gomez da Silva, e seus filhos João da Silva e Fernão Tellez, Ruy da Cunha, Gonçallo d'Ataide, Pero de Lemos, Luiz d'Azevedo, e Lopo d'Azevedo irmãos, e Martim Coelho, e Pedro Coelho irmãos, e Pero de d'Atayde, e João Corrêa, e Fernão Corrêa, Fernão d'Alvarez da Maya, João Peixoto, e Lopo Peixoto irmãos.

E quando El-Rei alguma d'estas cousas não houvesse por bem, e todavia quizesse vir sobre elle, que então defendendo-se morressem no campo como bons homens e esforçados cavalleiros. De como o Infante se teve ao conselho do conde d'Abranches, que foi morrer

E o Infante depois de todos ouvir com muito tento e repouso, e lhes dar por seus conselhos muito louvor e grandes aguardecimentos, finalmente se teve com o conde d'Abranches, que seguiu sua primeira deliberação, e determinou quando melhor não podesse ser, de morrer no campo, requerendo e bradando a El-Rei por sua justiça.

N'este lance da narrativa, precisamos recorrer mais uma vez ao testimunho de Ruy de Pina, transcrevendo um capitulo da sua Chronica: «A este tempo chegou tambem a Lisboa, que vinha de Ceuta, o conde d'Abranches, que sobre todos era grande servidor e muito amigo do infante D. Pedro, e publico imigo do conde d'Ourem, e em sua chegada não foi então d'el-rei e de sua côrte assim agasalhado e honrado, como seus serviços presentes e merecimentos passados requeriam.

E porém como Diogo da Silveira tornou á côrte, logo El-Rei ou por não ser por elle verdadeiramente informado, ou por outro algum respeito, tirou ao conde d'Abranches o castello de Lisboa, e a Aires Gomez da Silva o Officio de Regedor da justiça na casa do Civel, e a Luiz d'Azevedo o Officio de Vedor da Fazenda, sómente por serem amigos e servidores do Infante, tendo-lh'os confirmados por suas cartas.

Em 1449 o conde d'Abranches, Alvaro Vaz d'Almada, expira em Alfarrobeira, rodeado de cadaveres e cançado de derribar seus contrarios, defendendo a honra e innocencia do grande infante D. Pedro; porque, cavalleiro, cria na virtude d'outro cavalleiro, do seu amigo, a quem antes da batalha, cujo exito d'antemão ambos sabiam, jurára sobre a hostia consagrada não sobreviver.

E porém a opinião dos mais foi que o Infante errara muito, tendo o duque tão acerca e em tão boa disposição para o cometer, não dar n'elle e o matar se podera; porque quanto alongou sua vida, como o conde d'Abranches lhe disse, tanto antecipou a morte de si mesmo como depois se seguio.

Como um dos seus avós, em justas e em torneios Paes d'Abranches, que foi dos Doze d'Inglaterra Com uma ancia de gloria, em altos devaneios, Corre o mundo, de mar em mar, de terra em terra. Não leva escudo, o moço illustre, nem couraça, Que o tempo é vil; mas como arnez de paladino, Leva a honra e o valor de toda a sua raça, Grande exemplo a apontar-lhe o mais nobre destino!

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