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Atualizado: 22 de junho de 2025
Ó seculo de ferro! ó geração escrava! que ouves Satan ladrar na noute do Evangelho, no teu sollo do Mal, sobre teu sollo em lava, cae a agua do ceu como n'um poço velho! Sim a agua do ceu que faz viver a flôr mal que no poço cae transforma-se na lama! Ó seculo de ferro, ó seculo de horror, que fazes tu da Voz, que em teu deserto clama? Que fazes tu da Voz que ouço passar nos ventos, prégando a Negação, n'um funebre arrepio, que ouço clamar na noute em uivos e em lamentos como um ladrar feroz de ruivo cão sombrio? Que fazes tu da Voz dos teus prophetas santos que dão prantos de sangue ás tuas vexações, e do carro de fogo arrojam os seus mantos que arrastam á Revolta o mar das multidões? Que fazes tu? Tu ris! Tu vaes como a rameira vender teu deus, teu ceu, tua honra ao lupanar. A Justiça tornou-se em velha alcoviteira. A Egreja ri na orgia, e Christo deixa o Altar! O Desespero crú esparge o seu veneno na taça d'ouro e onyx das jovens illusões. O Odio faz ouvir o seu terrivel threno. O Mal com a tenaz aperta os corações! A virginal Poesia, a virgem d'alvas vestes ergue aos ceus suas mãos, brancas como o alabastro. Traz a Lyra na mão vestida de cyprestes. Seu santo coração flameja como um astro! Só ella faz ouvir n'um seculo corrupto sua Lyra de bronze ao temporal da Sorte! Só ella faz ouvir seu alaúde em luto que dá notas crueis de Maldição e Morte.
D'entre os males crueis da Humanidade, A que os vis animaes estão sujeitos, Nenhum mais triste e cheio de defeitos... Do que a dura e imbecil senilidade! N'esta quadra de prantos e saudade, Ha velhos d'alvas barbas sobre os peitos, Que nos fazem lembrar, pelos seus geitos, Orang-otangos de provecta edade.
Tenho fé que virão dias melhores para nós n'este mundo... Depois de uma juventude tão tormentosa e cortada de crueis vicissitudes, não será licito esperar que Deus se amerceie do nosso soffrimento de tantos annos e nos reserve na ultima quadra da existencia alguns dias de serena tranquilidade na companhia d'aquelles a quem mais queremos?
Essa Lyra só falla de desgraças, d'antigos crimes, de crueis lembranças. Essa Lyra espedaça e quebra as taças, calla os festins, e faz parar as danças, e essa Lyra ai! da tragica innocencia é a Lyra terrivel da Consciencia. E a Lyra diz: O que fizeste, ó mundo! das grandes almas unicas, sagradas, das grandes frontes d'um sonhar profundo que eram as frontes as mais bem amadas?
Não lh'o disse eu já no outro dia? E agora o que o moveu a encarregar-se d'essa proposta? e porque o fez com aquellas palavras crueis? Eu bem as percebi. Meu Deus, em que foi que o offendi, snr. Jorge, para ser tão severo commigo, quando para com todos é tão indulgente?
A demonstração foi completa. Será difficil produzir mais persuasiva accusação das demencias crueis do despotismo do que essa estampada para sempre nas paginas da Historia da Inquisição. A irradiação do espectro correspondeu ao ardor da fé que o evocou para o anathematisar.
Alguem acaso viu o crime infame, enorme? *A Consciencia Humana* Alguem viu, alguem viu! Alguem que nunca dorme, alguem que sonda o mar e os fundos corações as insomnias dos reis e os somnos dos leões! Eu o vi, eu o vi, o grande scelerado toda a noute escrever, d'olhar allucinado, pamphletos crueis na sordida trapeira. Eu o ouvi, eu o ouvi chamar uma rameira e rainha assassina á tragica reinante.
Retirei então para o Porto, para esta terra onde ninguem sabe quem sou, para não dar ás pessoas que me conheciam o desagradavel e triste espectaculo da minha decadencia, da minha, triste e apertada situação... Era o destino que te chamava e te impellia para mim, meu amor! Pois sim... era! Mas por essa ventura que a sorte me deparou, quantas amarguras, quantos dissabores, quantos crueis desenganos!
E de novo acudiu-lhe á triste mente cheia de saudades crueis, de rapidas lembranças, aquella grande cruz no monte da Judea, entre mulheres chorando e reluzentes lanças. E, então, quiz ser um heroe, morrendo pela Idêa, e ouvindo uma mulher chorar de longas tranças.
Mas, anniquilado para toda a acção, entregára-se n'uma conformidade de desesperança ao seu triste destino. Virtude, felicidade, estudo, tudo se perdera! Nem sequer para ahi podia volver o pensamento que logo na memoria não surgissem lembranças crueis dos espinhos por onde deixára em pedaços todo o viço da sua mocidade.
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