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Contemplo o meu destino em mim. Ninfas, adeus! Meus gestos irreaes tem seculos de Deus! Na paisagem do ser corre um rio sem fim: Os meus gestos são como a outra margem de mim... Cai alma no jardim dos meus sonhos funestos.

Sou nada, e quero ser! Quero ser tudo, e eu! Quero viver A vida misteriosa... Interrogo o silencio e a noite rumorosa De sombras e segredos... Contemplo comovido os astros e os penedos, E fico a ouvir as fontes n'um eterno Queixume que ergue a voz durante o negro inverno! Passo horas a aspirar o aroma d'uma flôr; Sombra que eu vejo em pétalas de côr Esparsas, ondeantes, Nas virgens claridades madrugantes. E a pura sensação que me domina,

Franzina e pallida, com os cabellos negros, os olhos grandes e scismadores, nunca lhe contemplo as pequeninas mãos de dedos compridos e esguios, terminados por unhas d'uma côr de rosa transparente, que não sinta antecipada inveja do feliz namorado provavelmente ainda a crescer que hade um dia ter o direito de lh'as cobrir de beijos.

Não era assim que Jorge Coelho scismava comsigo que a aurora do seu breve dia de e amor principiava alli quando o amigo Pires, lançando-lhe o braço em redor do pescoço, lhe disse: Que fazes aqui parado? Contemplas aquellas duas Evas, mal assombradas de gesto, como se tivessem comido a fatal maçã? Contemplo uma, e acho-a celestialmente formosa. A côr de cêra? Sim. Eu gosto mais da morena.

Nymphas, por quem Castalia se abre e cerra; Vós que fazeis á morte mil enganos, Concedei-me ja alentos soberanos Para que diga o mal que Amor encerra: Para que aquelle, que o seguir ardente, Veja em meus puros versos hum exemplo De quanto em glorias promettidas mente. Qu'inda qu'em triste estado me contemplo, Se neste assumpto me inspirais, contente Darei a minha lyra ao vosso templo.

Ha uma luz mais clara Que a luz do pensamento: A d'essa imagem cara... A d'este sentimento! Ha uma hora ou mais, Marina! que contemplo A casa de teus paes Que é para mim um templo. Está a porta aberta, E vejo alumiada A parte descoberta Da casa da entrada. andam a passar Do quarto onde acabaste Á casa de jantar Os vultos, que deixaste.

Apressadamente Como soava um martellar frequente, Véspera da saida dos navios! Ah! Ninguem entender que ao meu olhar Tudo tem certo espirito secreto! Com folhas de saudades um objecto Deita raizes duras de arrancar! As navalhas de volta, por exemplo, Cujo bico de passaro se arqueia, Forjadas no casebre d'uma aldeia, São antigas amigas que eu contemplo!

sua doce Musa o acompanha Nos soidosos versos qu'escrevia, E nos lamentos com que o campo banha. Dest'arte me figura a phantasia A vida com que morro, desterrado Do bem qu'em outro tempo possuia. Aqui contemplo o gôsto ja passado, Que nunca passará por a memoria De quem o traz na mente debuxado. Aqui vejo caduca e debil glória Desenganar meu êrro co'a mudança Que faz a fragil vida transitoria.

Aquelle nariz! disse Pires. Tambem me quer parecer que a mulher pouco vale na alma, quando contemplo o nariz de Manoel Pereira! E eu creio que a sociedade tornou Jorge não desconsidera Rachel porque ella escolheu um homem rico, podendo ter aceitado a desinteressada pobresa e o coração opulento de muitos rapazes que a cortejavam.

9 Inclinai por um pouco a majestade, Que nesse tenro gesto vos contemplo, Que se mostra qual na inteira idade, Quando subindo ireis ao eterno templo; Os olhos da real benignidade Ponde no chão: vereis um novo exemplo De amor dos pátrios feitos valerosos, Em versos divulgado numerosos.

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