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Atualizado: 26 de junho de 2025


Referia-se n'estas palavras á solução das questões sociaes. A cohesão de esforços do proletariado no campo d'estas questões não é senão uma consequencia ou um complemento inevitavel da obra internacional no terreno das idéas scientificas e das suas applicações á vida prática. Magalhães Lima tocou este problema no seu livro A Obra Internacional.

O governo de Minas, pelo seu vice-presidente, em discurso ao regente, e a junta de Pernambuco e a camara do Rio em officios ás Côrtes, applaudiam a resolução de D. Pedro de ficar no Brasil a bem da cohesão das provincias americanas e da integridade da monarchia, e representavam contra o decreto de 29 de setembro que desligava das juntas o commando das armas e a inspecção da fazenda para os subordinar ao poder executivo de Lisboa.

De cima abaixo, como vêem, na religião, na politica, na moral, na arte esphacelamento geral. For qualquer lado que se lhe pegue, a sociedade portugueza deixa um pedaço na mão que lhe loca. Tudo se desgruda, tudo se esbandalha no aggregado portuguez a que falta a cohesão da ideia portugueza.

Para que haja uma patria portugueza é preciso que exista uma ideia portugueza, vinculo da cohesão intellectual e da cohesão moral que constitue a nacionalidade de um povo. Sabem dizer-nos se viram para ahi esta ideia?...

As bases em que assenta a nossa mysteriosa aggremiação permittem concentrar na mão de um homem a vontade e as energias de muitos; e d'aqui resulta uma cohesão e um poder de tal modo irredutivel, que força alguma da terra ousará combatel-o ou destruil-o. A nossa principal força está no mysterio em que ella se exerce.

O que diz Camões a quem, depois de o ter lido com olhos de homem de gosto, o relê com olhos de philosopho? Camões, responde o snr. Oliveira Martins, diz-nos o segredo da nacionalidade portugueza. Houve, com effeito, uma nacionalidade portugueza por mais estranha que esta affirmação nos pareça, a nós portuguezes do seculo XIX, que não atinamos a encontrar no presente uma causa vivendi: houve uma razão de ser tanto para as instituições como para os individuos, e uma idéa nacional, espalhada como a alma collectiva por todo este corpo, então vivo e agil. E não houve uma nacionalidade portugueza, mas essa nacionalidade, superior aos impulsos cegos da raça e á fatalidade da geographia, produziu-se como uma obra do esforço e da vontade, não resultado de obscuros instinctos primitivos, como um facto politico e moral, não como um facto ethnologico. Quando em Hespanha não havia ainda senão catalães, castelhanos, leonezes e navarros; em França provençaes, gascões, borguinhões, bretões; em Allemanha suabos, austriacos, saxões, hanoverianos; em Italia tantos pequenos estados rivaes quantas cidades, e não se fazia bem idéa do que fosse ser hespanhol, francez, allemão, italiano, porque estas palavras França, Hespanha, Allemanha, Italia designavam apenas vagas agrupações naturaes e não grupos organisados em Portugal havia portuguezes, e ser portuguez tinha uma significação definida e precisa. Este é o grande facto, diz o sr. Oliveira Martins, que faz delle o seu ponto de partida: daqui, a cohesão politica da nação; daqui a sua physionomia moral. Essa cohesão é a unidade; essa physionomia é o patriotismo. O patriotismo, pondera acertadamente o sr. Oliveira Martins, é cousa muito distincta do amor da terra: e o patriotismo, como os portuguezes dos seculos XV e XVI o conceberam, foi um phenomeno moral quasi unico na Europa de então, e que os tornou muito mais parecidos com os romanos antigos do que com os povos seus contemporaneos. O patriotismo é uma idéa abstracta, que excede a capacidade toda sentimental da raça; o instincto naturalista da raça o amor da terra; não vai mais além: a idéa nacional póde dar o patriotismo, comprehendido á romana e á portugueza. O Cid batalha mais de uma vez contra os castelhanos, ao lado dos arabes; o condestavel de Bourbon vira a sua espada aventureira contra a França que o viu nascer; nem por isso deixa o Cid de ser um typo de bravura idealisado pelos hespanhoes, e o condestavel de Bourbon um leal cavalleiro para todos os cavalleiros de França; mas os Pereiras, combatendo ao lado dos castelhanos em Aljubarrota, são malditos, arrenegados; e, mais tarde o Magalhães será portuguez no feito, porém não na lealdade: apostataram da idéa nacional. Eis a grande differença. Esta noção do patriotismo cria uma ordem de sentimentos particulares dos individuos para com a nação, um modo de ser moral peculiar.

Hespanha e Portugal, tal é a força da sua cohesão ethnica e social, desde a reconquista neogoda teem tido governos, existencia politica e feições economicas e civis de um parallelismo, que surprehenderá somente quem ignorar a communhão de crenças e de opiniões, e a egualdade de sentimentos, de faculdades e de acções reflexas d'estes dois povos irmãos.

Os accessos delirantes não teem uma evolução propria: affectam todas as fórmas possiveis e substituem-se com a maior facilidade. A systematisação e a cohesão das concepções delirantes é muito fraca. Não existe nenhuma tendencia á systematisação progressiva. Emfim, os degenerados de maior tara são candidatos a uma demencia precoce, quer primitiva, quer post-delirante» .

E todavia o povo inglez sentiu sempre instinctivamente que a Irlanda soffria. Muitas vezes pediu para ella uma reforma das leis agrarias. Era, porém, um pedir vago, sem cohesão: mais a expressão de sensibilidades feridas do que a intimação da vontade nacional.

O feliz encyclopedismo das inaptidões do estado proporciona-nos a facilidade de poder comprovar a sua incapacidade com um facto qualquer, demonstrando que no paiz coliocado sob o patrocinio de um tal governo, não pode dar-se senão uma especie de cohesão politica: a liga dos governados para o despreso convicto dos que governam. Na moral estamos como na religião.

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