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Mas, por outro lado, não sendo o desequilibrio mental senão a consequencia de uma grave tara ancestral ou, como diz Magnan, de uma impregnação hereditaria, o Delirio Chronico deve realisar-se em individuos normaes e válidos para que, ainda no ponto de vista da etiologia, elle realise o typo contrario ao dos delirios degenerativos. «Delirio chronico e degenerescencia, diz Magnan, oppõem-se totalmente».

Mas, qualquer que seja a causa degenerativa, hereditaria ou adquirida, os productos são identicos, e entre si comparaveis; são portadores de caracteres clinicos proprios a fazel-os reconhecer em todos os casos, e significativos da tara hereditaria.

Além d'isso a tara degenerativa, de que são portadores, traduz-se muitas vezes por anomalias physicas, cuja significação vem junctar-se á das anomalias psychicas concomitantes. Todos estes estygmas são permanentes, nascem com o individuo e com elle se extinguem. Em caso algum, estes doentes pensam, sentem ou actuam como os individuos de cerebro normal ou como os predispostos simples.

Vou explicar-te o enigma que sou. Dizer-te como sou. Tenho a cabeça das mulheres de Granada, talhada em sombra e sonho; o peito é português; assento o busto no torso de Leão, que é do escudo das minhas armas e das armas da Peninsula, a bravura do Ocidente; as minhas asas são o genio judaico a tara duma raça, perseguida, que ninguem acceita, que não acceita ninguem...

Os accessos delirantes não teem uma evolução propria: affectam todas as fórmas possiveis e substituem-se com a maior facilidade. A systematisação e a cohesão das concepções delirantes é muito fraca. Não existe nenhuma tendencia á systematisação progressiva. Emfim, os degenerados de maior tara são candidatos a uma demencia precoce, quer primitiva, quer post-delirante» .

De um lado, importa considerar o fundamento hereditario, commum a todas as psychoses funccionaes: «Não é vesanico, diz elle, quem quer: é precisa uma longa incubação; são precisas, pelo menos, duas gerações que preparem o terreno» . Não, é claro, duas gerações de delirantes chronicos, mas de nevro e psychopatas. «São umas vezes, explica, nevroses, outras vezes intoxicações chronicas, outras ainda anomalias da intelligencia, do sentimento ou da vontade a que se não prestaria, talvez, attenção, mas que nem por isso deixaram de imprimir o seu cunho sobre o individuo e os seus descendentes» . A tara hereditaria cria a predisposição; para determinar a doença qualquer abalo moral é bastante.

Ao passo que Gérente, como foi dito, fazia derivar o Delirio Chronico de uma predisposição quasi sempre hereditaria e preparada atravez de gerações, Magnan affirma que um tal facto é excepcional e que, de ordinario, a psychose affecta individuos isentos de qualquer tara nervosa e absolutamente correctos no ponto de vista mental. «O Delirio Chronico, diz Magnan, fere em geral na idade adulta individuos sãos de espirito, não tendo até então apresentado perturbação alguma intellectual, moral ou affectiva.

Emquanto, sob o ponto de vista da etiologia, o Delirio Chronico prescinde para constituir-se de uma pesada tara ancestral, podendo installar-se em individuos psychicamente correctos, os delirios polymorphos são eminentemente hereditarios e podem realisar-se em degenerados, quer dizer em individuos tendo antes offerecido signaes de um desequilibrio mental.

Excerptos de um poema desbaratado que foi escripto durante os três dias e as três noites que durou a revolução de 14 de Maio de 1915. Satanizo-Me Tara na Vara de Moysés! O castigo das serpentes é-Me riso nos dentes, Inferno a arder o Meu cantar! Sou Vermelho-Niagára dos sexos escancarados nos chicotes dos cossacos! Sou Pan-Demonio-Trifauce enfermiço de Gula!

Que para a tara hereditaria de um louco contribuam sómente as psychoses ancestraes ou tambem as nevropatias, ou ainda, generalisando, as diatheses, é seguro que jámais se determinará á priori, onde a predisposição termina e a impregnação principia.

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