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Erga-se um monumento, exclama o chefe que, se infieis um dia os esquecerdes, vos envergonhe, e acorde os votos de hoje.» E a monumento põe no logar santo enorme pedra á sombra de um carvalho, que abrigava co'a copa o santuário. Despede o Povo, e em paz contente expira; em paz, que não perjúrios novos.

Qual o fervente mosto em talha escura, Quando a tinta lhe lançam espremida, Por aqui, por alli sair procura Com impeto e braveza desmedida; A adega brame toda co'a fervura, Bota o bagulho fóra a escuma erguida, Tal andava o tumulto levantado Entre um bebado e outro apaixonado.

Ia enfraquecendo pouco a pouco até desfallecer quasi de todo no ultimo verso, mas então a voz vibrava de novo com aspereza, e era quasi uma gargalhada infernal, de desafio ao Eterno, o grito ironico com que voltava a cantar os seguintes versos: Co'a vossa santa colera, raio que fere e brilha, ao impio que se humilha não fulmineis, Senhor!

Sem querer sinaes daráõ Do affecto, que não publíco: Co'a boca, que mortifico, Que importa que o não revele, Se eu, por mais que me acautele, Nos olhos o amor explico? Amor os faz descuidados: Em vão, Anarda, os abaxoPois dahi a pouco os acho Outra vez nos teus pregados.

Carcere subterraneo, onde estarão os Vicios, e os Crimes agrilhoados, exprimindo variamente nos géstos a sua desesperação. A Policia com Guardas. Contra os Vicios communs, que pouco empecem, Exercer correcções não me he dado. Velai, Guardas fieis, sobre os Perversos, Que a Policia commette ao zello vosso, Até que o raio Némesis dispare Co'a férrea voz de Tribunal supremo.

Ouça isto, foi proseguindo: Não se sabe apartar quem ama e pena, E quem nisto é mais fraco, este é mais forte; A dôr da mesma morte é mais pequena, Que quem morre melhora muito a sorte; Quem morre acaba o mal, quê toda a pena Dura co'a vida sem passar da morte: Maior pena padece o que está ausente, Pois morre de saudade e morto sente. O que acha? Que li algures...

Vi-lhe em poucas palavras dizer quanto Ninguem diria em muitas: mas eu chego A espirar de ouvir a doce fala. Oh mal o haja a Fortuna, e o moço cego! Elle, que os corações obriga a tanto; Ella, porque os estados desiguala. A Morte, que da vida o desata, Os nós, que o Amor, cortar quizera Co'a ausencia, que he sôbre elle espada fera, E co'o tempo, que tudo desbarata.

Um céo que vejo, ao longe, Exposto aos olhos meus, Co'a mágoa com que um monge Veria outr'ora a Deus!... E onde ha maior castigo, Mais dura provação, Que ter por inimigo O homem nosso irmão, Aquelle a quem nós démos, Com toda a candidez, Os sonhos que hoje vêmos Desfeitos a seus pés?!... Ah! suppõe-me o desgosto, De eu vêr desparecer A cópia do meu rosto Aos pés d'uma mulher,

Instou que me deitasse; respondi-lhe que em noite de San-João ninguem se deita; que alem d'isso a jornada fôra curta, e sem nimia fadiga; ultimamente que, pois que elle esperava a mais familia, esperava eu tambem; não sendo airoso faltar á noiva no primeiro dia. Cedo, mas co'a clausula disse elle que inda amanhan sois nosso. Assigno. ¡Bello! Então toca a palrar até que venham.

A trova é ésta, segundo agora a rectifiquei e appurei pela collação de muitas e várias versões provinciaes com a ribatejana ou bordalenga, que em geral é a que mais se deve seguir. Stando eu á janella co'a minha almofada, Minha agulha d'ouro, meu dedal de prata; Passa um cavalleiro, pedia pousada; Meu pae lh'a negou: quanto me custava!