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O velho Olimpo dorme o bom somno comprido Que prostra o lutador no fim d'uma batalha, E os Deuses d'outro tempo, em livida mortalha, Descançam no torpor d'um mundo corrompido. No puro céo christão, de estrellas revestido, No entanto ha muito que chora e que trabalha, Por nós, o Christo bom sem que seu Pae lhe valha, A fim de ver, de todo, o mundo redimido!

A ave chora e geme enlouquecida derramando a tristeza na floresta. Desnaturada mão lhe roubou os filhos para os votar

Não he tambem de Heróe hum peito duro, Que a sua gloria firma, Em que lhe não resiste ao ferro, e fogo, Nem legião, nem muro. Oh! quanto ousado Chefe me namora, Quando a cabeça Do bom Pompeo, e chora! He grande para mim, quem move os passos, E de Dario aos filhos, Que como escravos seus tratar podéra, Recebe nos seus braços.

Deixa que chore quem com gôsto chora: Deixa-me lamentar meu triste fado; Que a hum triste a hora de chôro he melhor hora. Tu não trazes agora outro cuidado Mais que buscar no valle a sombra fria, Quando te offende o sol mais empinado. Coitado de quem passa a noite e dia Porfiando em morrer, e a sorte dura Em fugir-lhe co'a morte porfia!

Apenas eu quizera Que soubesses tambem como é risonha a vida, Que toda se consagra a uma entidade querida: Sorrir quando sorri, chorar quando ella chora; Respirar o subtil perfume que evapora; Enchermo-nos da luz que o seu olhar derrama; Silenciosamente, amar tudo o que ella ama; Ouvir-lhe da palavra a doce melodía Tão limpida, tão casta e pura, que enebría, Vibrando dentro em nós alguma coisa ideal, Semelhante, no brilho, ao riso divinal Da estrella que, tremente, em candidez scintilla, Quando ao longe a manhã vem a romper tranquilla.

Ha, n'este lance, motivo para nos condoermos. O barão não come, apesar do esforço. O bocado entala-se-lhe na garganta, comprimida pelos soluços. Depõe o garfo, e descáe o rosto, coberto de lagrimas, sobre as mãos. O preto, que não ousára sentar-se, vendo chorar o amo, cujo pão comera em liberdade, no espaço de vinte annos, chora tambem, e pergunta a medo a causa d'aquella afflicção.

Tres longos dias crus, terriveis são passados, Que o rude lavrador anda por fóra ao vento, Á neve, ao frio, ao sol, em busca de alimento, E ainda não voltou. Um dos tres filhos chora; Rija e sonoramente, a chuva cae fóra. Quem sabe se virá?

E, por esta occasião, lhe noticiava que fazia conta de trazer de Hollanda seu filho Heitor, que se estava educando em humanidades com seus tios, para estudar medicina em Coimbra; e, a tal respeito, accrescentava: «Não sei se érro em trazer o rapaz para Portugal; mas a mãe insta, chora, e definha-se a termos que receio que me ella morra. Seja o que Deus quizer.

E Soror Angelica desviou-se um pouco, abafando no lenço um soluço que não poude vencer. «Madre Angelica?!... interrogou ansiosa a recolhida. Porque chora? Tambem, como eu, sabe o que é sofrer o pêso duma vontade alheia, que esmaga o coração?

Diz-se a um homem amo-te, vae-se fugir com elle, está-se n'um navio, e de repente, a meia hora da felicidade e do paraiso, quando se não terra, vem um escrupulo, uma mágoa, uma saudade do marido talvez, uma lembrança d'um baile, ou d'uma flôr que ficava bem e adeus para sempre! e quer-se voltar; e tu, miseravel, soffre, chora, arrepella-te, e morre para ahi como um cão.