Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 24 de julho de 2025
Pelo volume a que estamos alludindo vê-se que a obra de Bernardim Ribeiro chegou para fazer a reputação de dous homens, vindo o nome de Christovam Falcão usurpar em seu proveito algumas das produções d'aquelle mavioso lyrico, e sendo, portanto, a sua memoria um nefasto saprophyta que do merito alheio foi vivendo durante um longo periodo de tempo.
D'aqui resalta e é esse um dos evidentes intuitos do auctor do livro em questão o desenho da verdadeira figura de Bernardim Ribeiro, com as proporções proprias da sua gigantesca estatura litteraria, em cima do seu elevado pedestal de gloria, pedestal a que algumas pedras foram subtrahidas para sobre ellas figurar o ficticio vulto trovadoresco de Christovam Falcão.
Ouçamos a lição autorizada do ilustre professor, que se lê a pag. 4 da sua chamada edição das obras de Cristovam Falcão: «*Se Christovam Falcão escrevesse depois de 1527, quando Sá de Miranda propagou as fórmas da poetica italiana, teria então adoptado o verso endecasyllabo, a fórma da OUTAVA e do TERCETO, o SONETO, e teria perdido o conceito provençalesco dos poetas que seguiam o INFERNO DO AMOR; Falcão desconheceu esta nova poetica.*»
Diz o Mestre que a vida amorosa de Christovam Falcão oscilla entre 1525 e 1565, sem ficarmos sabendo se a sua vida poetica tambem oscilla dentro do mesmo periodo, isto é: se a actividade amorosa e a actividade poetica de Chrisfal se confundem, caminham a par-e-passo ou se, pelo contrario, é o amoroso que precede o vate, se este antecede o namorado.
A edição sem data, de Lisboa, só podia ser feita por 1542, quando Christovam Falcão estava em Roma; e quando Camões foi para Ceuta em 1547 na carta que d'ali escreveu emprega muitos versos do Crisfal, que então, andava no gosto. Na edição de Lisboa vem duas estrophes supprimidas no texto de Ferrara e Colonia, por que continham uma inconfidencia.
Muitos outros descobrimentos são indicados n'esta valorosa reivindicação, não se mostrando possiveis mais duvidas a respeito da não existencia de Christovam Falcão, poeta, e parecendo ao contrario definitivamente provado que o nome de Crisfal fôra um dos muitos pseudónymos e anagrammas adoptados por Bernardim Ribeiro nas suas obras. Tambem graças ao indefesso trabalho do sr.
Prevalecia no seculo XV unicamente, e para os sabios só, o principio da redondeza do globo, formado de terra e aguas, e coberto por uma atmosphera, onde dominava a lei da gravitação, que arrastava ao centro todo e qualquer peso. Christovam Colombo convenceu-se desta theoria, que com o andar dos tempos cada vez se lhe arraigou mais no espirito.
Gil Vicente, como é sabido, apodára cruelmente Resende, e nem por isso deixou de figurar no Cancioneiro. Estes simples e, quero crel-o, contestaveis argumentos levavam-me de ha muito, a duvidar da existencia poetica de Christovam Falcão, só muito mais tarde posta em fóco, entre outros, por Faria e Sousa, cujos escrupulos de caracter são por demais conhecidos.
Os materiaes que Delfim Guimarães colligiu para invalidar a personalidade litteraria de Christovam Falcão, deixa-os elle dispersos nos varios capitulos do seu livro, os quaes sobrepostos uns aos outros, á medida que se vai avançando na leitura, introduzem em qualquer espirito a certeza da these que o auctor se propoz comprovar.
Suspendemos a primeira conferencia effectuada á respeito de Christovam Colombo e do descobrimento da America, ao referir o despeito que assaltara á aquelle famoso navegante quando soube que fôra recusado por D. João II seu projecto de viagem directa ás Indias pelo Atlantico, seguindo rumo de Oeste. Disse-vos já que partira de Portugal e dirigira-se para Genova.
Palavra Do Dia
Outros Procurando