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Atualizado: 3 de junho de 2025
E segundo se diz, mais Christãos morreram nesta entrada, que em outro Lugar do Algarve que se tomasse, e El-Rei Mouro vendo que a Cidade era já por aquella porta entrada, andou correndo a cavallo em torno della experimentando todolos lugares convenientes para sair, e quando não achou remedio quiz-se lançar por um postigo da treição do alcacer, que era seu apozentamento, onde morava, e porque o achou empedido commetteo outra porta em que tambem achou contradição, pelo qual já como desesperado da honra, e da vida ferio apressadamente seu cavalo das esporas, e fogio, e passando por um pego do rio afogou-se nelle, onde depois o acharam morto, e deste cazo accidental chamam áquelle Lugar o pego de Benefaam.
E tanto que estes Compromissos foraõ concordados dos Rex de Castella, e Daragam, e assi ho Ifante D. Affonso de Lacerda ha que tocava, enviaram por seus Embaixadores pedir ha ElRei D. Diniz, que logo quizesse hir em pessoa por quanto has dictas contendas finalmente se aviaõ de sentenciar, e determinar pelos Juizes atee Sancta Maria Dagosto, do que ha ElRei D. Diniz muito aprouve, e se feez logo prestes, e se foi aa Cidade da Guarda, donde logo partio, e entrou em Castella por Cidade Rodrigo, no mes de Junho da dicta era, e levou consigo ha Rainha Dona Isabel sua molher, e ho Ifante D. Affonso seu irmaaõ, e D. Pedro seu filho, e ho Conde D. Johaõ Affonso, e Prelados, e Infançoens, e Cavalleiros em numero de mil pessoas, afora outras muitas gentes pera que feez prestes has gentes de seus Regnos, e na Guarda aprovou, e escolheo della ha que quiz, que foi muita, e mui honrada, e ha mais riqua, e concertada de suas pessoas, cavallos, arreios, e vestidos, que atee aquelle tempo em semelhante cazo se visse, e pera esta ida ouve ElRei D. Diniz grandes ajudas de dinheiro de seus poovos.
Dizem todos, que és fingido, Que ninguem louco te chame; Por mais que eu lhe jure, e clame, Que és mesmo doido varrido; Dizem que estás conhecido, E que o fazes por estudo; Em tal cazo prompto acudo, E de outro lado te ataco; Se não és doido, és velhaco, E talvez que sejas tudo.
A questaõ agora he somente, se será do Real agrado de S. Magestade continuar nesta piedosa e utilissima intençaõ, e no cazo que assim determinasse, ficava a saber que sorte de educaçaõ convinha á Fidalguia existente? em que lugar devia ser educada? e quais deviaõ ser os Mestres? Discutirei estes tres pontos com a clareza que me for possivel.
Avendo jaa hum anno, e sete mezes, que ha concordia antre ElRei, e ho Ifante era feita por algumas cauzas, e razoens, que alegou da minguoa de Justiça, e outros defeitos, que dizia aver no Regno, lhe pedio, que pera remedio de tudo fizesse, e quizesse fazer Cortes, has quaaes ElRei por nom aver dellas tanta necessidade quizera escuzar, em fim por satisfazer aho Ifante, e assi pera notifiquar ahos fidalgos, e poovos hos aggravos, e nojos, que do Ifante depois de suas avenças recebera, prouve-lhe fazelas em Lixboa pera onde chamou seus poovos, como em taal cazo hee costume, onde tambem foi ho Ifante, e ho dia em que se ouve de fazer ha fala pubriqua, e proposiçaõ costumada, ElRei mãdou dizer aho Ifante, que viesse aas Cortes pera nellas estar como ha elle em taal auto convinha, e ho Ifante se escuzou fazelo, e de tantas delongas, e sem razoens uzou aacerqua desso, que ElRei ouve por beem cometelas seem elle, e porque ElRei vio que ho Ifante em todo se desviava do que lhe tinha jurado, e prometido porque ho Conde D. Pedro seu filho, era pessoa de grãde credito aacerqua do Ifante, e tinha grande caza lhe dice: «Que se lembrasse da menagem, e juramento, que em Pombal fizera, e que hos nom quebrasse, nem fosse por algum respeito contra seu serviço». E esto lhe dise por alguns alevantamentos, que no Ifante jaa sentia.
Julgo que o A. tomara para si elle Cirurgiaõ; ainda que isto, como he mezinha cazeira, naõ necessita, que lha venhaõ applicar de fóra. E para que naõ pareça que faço zombaria do remedio, eu quero tambem contar o meu cazo a imitaçaõ do A. da carta.
Aho que ElRei respondeo: «Que lhe agradecia muito taal confiança, e quando suas forças, poder, e sabeer pera esso lhe comprissem, que nunqua com tudo lhe faleceria, como pelas obras poderia ver.» E com esto concordado ha Rainha, e ElRei D. Diniz se tornaram pera Portugal, e sobre esto passado logo da i ha pouquos dias hos dictos Ifantes D. Pedro, e D. Johaõ tutores, e juntamente com grande poder entraraõ na Veiga de Grada, pera fazerem guerra ahos Mouros, onde seendo elles perseguidos ambos dafronta, e desmaio, e seem seer feridos morreram em huma soo hora, ha saber ho Ifante D. Pedro, e logo ho Ifante D. Johaõ, como atraaz brevemente jaa dice, e na Coronica de Castella mais compridamente se contem da quaal morte dos Ifantes como ElRei D. Diniz foi sabedor, mostrou receber por esso sentimento, porque eram boons Princepes, e com elle muito conjuntos em sangue, e logo enviou seus Embaixadores ha ElRei, e aa Rainha de Castella, ha notifiquarlhe, que da morte dos Ifantes, lhe pezava muito porque eram boons Cavalleiros, e aviam com elle tam grande divido, e que pois era chegado ho tempo em que lhe compria sua ajuda, e favor, que lhe tinha ofrecido, lhes pedia que lhe fizessem sabeer ho que delle lhes compria, e que fossem certos, que elle em pessoa, e com ajuda, e poder de seus Regnos, contra todos hos iria ajudar, e ElRei, e ha Rainha lhe responderaõ, que taal lembrança com taal vontade, e ofrecimento lhe gradeciaõ singularmente, que eraõ sinaaes com que ho cazo parecia, que lhes tinha grande amor, e que quando lhes comprisse ho enviariam requerer.
Pierre, que nas Escolas se enchem os juisos da Mocidade de muita instruçaõ, e que nenhum cazo fazem os Mestres de formar os costumes, nem de fazer o menino bom: todo o seu disvello he que saibaõ muito, que recitem de memoria muitas laudas de proza, e outras tantas de versos.
E Dom Martim em se querendo escuzar pera não dever de pedir tal perdão, acudio mui prestes o Conde, e dice ao fidalgo, que o reprendia: «Que semelhante perdão em tal cazo Dom Martim não era obrigado de pedir, porque elle não fizera erro, mas tinha feita boa façanha dina de bom Cavalleiro, e leal fidalgo». E por ella lhe tornava a dar o dito Castello pera elle, e pera todos os que delle decendessem, fazendo menagem a elle, e a todos seus herdeiros.
E depois que estes estromentos em Coimbra se pubricaraõ, de que todos foraõ hi espantados, ho Ifante mandou mostrar ho treslado delles ha seu padre, por Nuno Martins Barreto, e por Ruy Garcia do Cazal, e pedir-lhe que logo desse ha Affonso Sanches ha emenda, e castigo, que em tam feio cazo merecia.
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